26 de novembro de 2008

Futebol de Botão - Dom Pedro II - DF


Agora vai a Homenagem do Boteco ao time do CBMDF!!!



Quando o imperador Dom Pedro II criou o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, no longínquo ano de 1853, jamais pensava que um dia viesse a emprestar o nome para um time de futebol, esporte que iria surgir anos mais tarde na Inglaterra. Com o passar do tempo veio a República, mais tarde a Capital Federal transferiu-se do Rio de Janeiro para o Planalto Central e surgiu o Esporte Clube Dom Pedro II, ou simplesmente D. Pedro, equipe alvirrubra surgida há seis anos no Corpo de Bombeiros de Brasília, em homenagem ao patrono da corporação. Na última quarta-feira, os bombeiros estiveram em Caruaru e esfriaram o fogo do Central, ao arrancar um empate de 0x0, matando um pouco da curiosidade do torcedor e mostrando que têm futebol para incendiar a Copa João Havelange.
Os próprios dirigentes do clube, todos oficiais do Corpo de Bombeiros, estão acostumados com a curiosidade que o D. Pedro desperta por onde passa. Criado há apenas seis anos, o clube teve um rápido crescimento, como se fosse um incêndio fora de controle. A princípio, o time disputava apenas os campeonatos amadores, onde chegou ao bicampeonato, em 94 e 95. O detalhe é que na época o time era formado apenas por bombeiros, desde os jogadores, até a comissão técnica e diretoria, que não recebiam como remuneração apenas o soldo, comum aos militares. Da fase amadora, o principal rival era o Tiradentes/DF, time mantido por oficiais da PM, com quem disputava o ‘Clássico Militar’.

“Ao nascermos formamos uma verdadeira seleção, convocando os bombeiros que atuavam em outras equipes, como o Brasília, Gama, Sobradinho e Planaltina”, explica o Coronel José da Silva Botelho, vice-presidente do clube, que na época da fundação era chefe do Estado-Maior e sub-comandante do Corpo de Bombeiros/DF. Desde o início, o time sempre levou vantagem no preparo físico em relação aos adversários. “Matávamos o inimigo sempre na etapa complementar”, relembra o coronel Botelho. Para treinar, a equipe sempre contou com uma infra-estrutura invejável, com os quatro campos do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, além de utilizar-se do Departamento Médico Militar.

A profissionalização veio em 96. Nos dois primeiros anos a equipe não passou da oitava colocação no Campeonato Brasiliense, o que levou a diretoria a aceitar a mesclagem com jogadores profissionais. A partir daí os resultados melhoraram. Em 98 o time terminou o campeonato na quinta posição, sendo vice-campeão no ano passado. Neste ano, o Dom Pedro foi eliminado na fase semifinal pelo Gama/DF, atual campeão do Distrito Federal, após dois empates.

Em competições nacionais, a equipe vem buscando um lugar ao sol. No Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão do ano passado, mesmo sendo eliminado na primeira fase da competição, o time vendeu caro a derrota de 1x0 para o Fluminense/RJ, no templo sagrado do futebol brasileiro, o Maracanã. Este ano a equipe disputou a Copa Centro-Oeste, sendo eliminada na primeira fase. Na Copa João Havelange, não fosse um recurso do Comercial/MS, o time teria terminado a etapa inicial como campeão do grupo.

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