26 de novembro de 2008

Futebol de Botão - Ypiranga - AP



Pra começar nossa seção aqui do Boteco, vamos colocar em campo , o Clube da Torre, como o Ypiranga-AP é chamado:

Há 15 de maio de 1963, fruto do idealismo dos jovens integrantes da extinta e saudosa Juventude Oratoriana do Trem (JOT), movimento que pertencia à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, surgia no desporto Amapaense, o glorioso YPIRANGA CLUBE. Como cores oficiais o Clube ostenta a azul e a preta, por influência e preposição do Padre Vitório Galliani, as mesmas da Internacional de Milão, seu clube de coração na Itália. A figura da “Torre” da Igreja de Nossa Senhora da Conceição no Bairro do Trem, é o principal símbolo do Clube, razão porque é chamado pelos desportistas de o “Clube da Torre” e de “Negro Anil”.
O Dr. Guaracy Freitas, foi o primeiro Presidente e o saudoso padre Vitório Galliani e o seu eterno Patrono, num tributo por tudo que representou para os integrantes da “Família Ypiranguista”.
Padre Vitório Galliani além de Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e um dos Assistentes Espirituais da JOT, foi um grande incentivador para a Fundação do Clube. Emergia assim, o YPIRANGA CLUBE no cenário sócio-esportivo do então Território Federal do Amapá.
Como seu principal objetivo, além da competição esportiva, os jovens atletas integrantes de suas equipes tinham a orientação de exercer em comportamento cristão perante aos seus adversários, mesmo na luta por uma vitória, se revestindo, também, em mais uma opção de lazer aos jovens da JOT.
Logo no ano da sua fundação, o YPIRANGA era filiado a então Federação Amapaense de Desportos, que na época tinha a responsabilidade de coordenar os esportes amadroes no Território.
Em 1964, o YPIRANGA CLUBE disputava sua primeira competição oficial, participado do Campeonato Amapaense de Futebol Amador da Segunda Divisão.
Já nesse ano, o Clube conquistava o título da competição, sob o comando técnico do saudoso Francisco Sales de Lima, o “Chicão” como era mais conhecido nas lides esportivas, e que durante muitos anos militou na Crônica Esportiva Amapaense.
A Equipe Campeã, que jogou e venceu no Estádio Augusto Antunes a Equipe do Independente por 6x3, numa memorável decisão, formou com: Manguinha, Lindoval, Barata, Guaracy e Suzico, Adauto e Ary, Peninha, Artur, Narciso e Almeida. Ainda participaram do elenco, os atletas: Elcio, Horácio, Otílio, Gadelha, Lery, Trombone, Tônati e Sabá Balieiro. Com esta conquista, a equipe Ypiranguista ascendia à Primeira Divisão do Futebol Amapaense, em 1965.
Em 1971, conquistava mais um título de futebol, desta feita, na categoria Juvenil.
Em meados do ano de 1974, em razão de reformas introduzidas da atuação da Igreja Católica, que passava a trabalhar em Comunidades de Base, era extinta a Juventude Oratoriana do Trem (JOT) e conseqüentemente, o Ypiranga era obrigado a deixar o convívio da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Este fato veio a contribuir para que o Clube passasse por uma das mais difíceis fases de sua história. A época em que se deu o afastamento do Clube da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, seu presidente era o jovem Albertino Melo, hoje, um dos seus Conselheiros Grande Benemérito. Para minimizar a situação, o desportista e Diretor à época, Hermenegildo Gomes da Lima, pôs à disposição do Clube, a sua residência, que por algum tempo, passou a ser o ponto de encontro dos Ypiranguistas, tanto para reuniões de trabalho, como a te mesmo para lazer.
No ano seguinte, através de entendimento mantidos com o Senhor Sandoval, a Diretoria do Clube conseguia o imóvel da então Associação Operatória do Bairro do Trem, onde hoje funciona a Sede dos Aposentados e Pensionistas do Governo do Estado. Após as introduções de algumas adaptações, passava, então, a funcionar como Sede Provisória do Clube.
Há 08 de dezembro de 1976, coincidentemente, no dia em que se comemora sua Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, o YPIRANGA conquistava o mais importante título de sua história, até então, sagrando-se campeão Amapaense de Futebol da Primeira Divisão ao empatar com o Santana pelo escore de 0x0, num jogo realizado no Estádio Municipal Glicério de Souza Marques.
Pelas principais ruas e avenidas do Bairro do Trem, foi só festa da grande e apaixonada torcida Negro-Anil, que tinha como pontos convergentes, a Sede provisória do Clube na Avenida Henrique Galúcio e o “Pau do Pecado” que ficava na Av. Eliezer Levy com a Jovino Dinoá.
No comando técnico da Equipe Campeã Amapaense, figurava o desportista Lourival Lima, o popular “Chibé”. Na direção de futebol, Valdemar Vilena e na Presidência Pedro Assis de Azevedo, ambos, hoje, Conselheiros Grande Beneméritos do Clube.
Nessa conquista a formação do “Clube da Torre” foi a seguinte: Emanuel, Buiuna, Damasceno, Waldir e Pitéo, Duranil e Dival, Ananízio, Tadeu, Jason e Dilermano.
Ainda participaram dessa conquista, os atletas: Odival, Paulo César, Bolinha, Orlandino, João Oliveira, Padeirinho Dewson e Nena.
Na qualidade de Campeão da Cidade, o YPIRANGA ganhava o direito de representar o ex-território federal do Amapá, juntamente com o São José, no Copão da Amazônia, em 1977, que foi disputado aqui em Macapá.
Em 1986, por não ter realizado um bom Campeonato, o clube amargava um rebaixamento à Segunda Divisão, ganhando o direito de regressar logo em seguida, por haver conquistado o título dessa divisão.
Na gestão do Conselheiro Grande Benemérito Humberto Santos, apoiado por outros Ypiranguistas como: Manoel Colares, Uberaldo Figueiredo, entre outros, foi edificada a primeira Sede do Clube, que por muitos anos abrigou os Ypiranguistas.
Em 1991, com a sua implantação no Estado do Amapá, o YPIRANGA sob a Presidência do Conselheiro Grande Benemérito Luiz Góes, passava a praticar o futebol profissional, tendo marcante participação no seu primeiro campeonato, figurando ao final, entre os seus três (03) primeiros colocados.
Em 1992, após quinze anos, o “Clube da Torre”, sob a Presidência do Empresário Fernando Costa, conquistava o Primeiro título profissional na sua história, em memorável decisão com o seu rival de bairro, o Trem Desportivo Clube.
Como ponto relevante dessa decisão, o atacante Miranda, camisa 9 do clube, teve um dos gols mostrado para todo o Brasil, pela Rede Globo de Televisão, por ter sido escolhido o “Gol Fantástico”.
A equipe base do Ypiranga em 1992, foi a seguinte: Maurício, Zé Preta, Ponga, Cid e Neirivaldo, Edgar, Edvaldo e Serginho, Tiaguinho, Miranda e Jorginho Macapá, tendo no comando técnico, o extrovertido, Dario, o Dadá Maravilha, tri campeão mundial pela Seleção Brasileira, em 1970.
É importante ressaltar que no futebol profissional do estado do Amapá, o Ypiranga é o clube que tem a melhor performance, com a conquista de 6 (seis) títulos de 11 (dez) disputados, levando-se em consideração que em 1995, o Ypiranga ficou fora do certame e em 1976, não houve campeonato, tendo, portanto, um aproveitamento de 50% (cinqüenta por cento). Além do título de 1992, o Clube da Torre foi o campeão de 1994, sob a presidência do desportista Jorge Barata Xerfan e a direção técnica do desportista Benedito Silva (o Maranhão). Voltaria a ser campeão em 1997, tendo na sua presidência, o desportista Hildon Moraes de Azevedo e o comando técnico ainda do Benedito Silva (o Maranhão). O Ypiranga voltaria a ganhar mais um campeonato de futebol profissional em 1999, tendo na sua presidência o desportista João Bosco Alfaia, e como seu técnico, o ex-atleta do clube, campeão de 1976, Jason Rodrigues, que repetiram o feito em 2002.
Paralelo ao futebol, tanto profissional, quanto amador, o clube tem tido participações em outros esportes ao longo de sua existência, tendo conquistado vários outros títulos. Entre esses esportes pode-se citar: Tênis de Mesa, Futebol de Salão, Ciclismo, Natação, Voleibol, Basquete, Pedestrianismo e Judô.
No que concerne ao social, vários eventos foram promovidos pelo Clube para o entretenimento dos seus sócios e simpatizantes, bem como haver participado em vários concursos de beleza realizados em Macapá.
Em 1991, na gestão do presidente Luís Góes, foi instituído o Quadro de Sócios Proprietários do Clube.
Com a preocupação de dinamizar as ações administrativas do Clube, e lhe oferecer uma melhor organização, adaptando-se a sua realidade, foi realizada em 1992, através de uma comissão presidida pelo Conselheiro Grande Benemérito José das Graças dos Santos Torres, tendo como membros, Elias Seabra da Costa, Manoel Torres, Neemias Dilermano, Valdemar Vilena e Walter Sobrinho, uma reforma estatutária, que dentre tantas coisas importantes, destaca-se a abertura do Clube para a eleição direta para a escolha de seu presidente, o que faz do Ypiranga, um dos poucos Clubes do país, a exercer este tipo de eleição.
No decorrer dos seus 40 anos de existência, vários foram os desportistas que passaram pela existência do clube, cada um, com sua parcela de contribuição na Vida Sócio-esportiva do Ypiranga.
O primeiro presidente do Clube foi Guaracy Freitas, em seguida vieram: Narciso Farripas, Manoel Colares, Joaquim Neto, Albertino Melo, Pedro Assis, Humberto Santos, Uberaldo Figueiredo, Evaldo Juarez, José Maria Lima, João Chaves, Neemias Dilermano, Raimundo Espíndola, Valdemar Vilena, Luís Góes, que iniciou a era profissional do Clube, vindo em seguida, Fernando Costa, Jorge Xerfan, Hildon Moraes, José Pereira Sacramento (o carioca) e João Bosco Alfaia.
Hoje, encontra-se investindo na sua presidência, o desportista Orlando Santana como presidente do Conselho Deliberativo, Coringa.
Ao completar seus 40 anos de fundação, se faz importante lembrarmos e reverenciar grandes ypiranguistas já falecidos, que têm seus nomes indelevelmente registrados na história do clube. Lembramos inicialmente dos Padres Vitório Galliani, patrono do Clube da Torre e Luiz de David. Sr. Dário Lima, destacado como grande incentivador e organizador do futebol da garotada integrante da paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Lembramos dos Saudosos atletas Emanuel (o mais eclético da história do clube), Aragão, Dival e Ary. João Nascimento de Araújo, no Tênis de Mesa. João Simões Nobre – o careca –, maratonista e atleta de futebol de salão. Outro nome merecedor de destaque é o de Valdênio Vanderley (o Guachelo) primeiro chefe de torcida organizada do Clube. Também reverenciamos o nome de Francisco Corrêa, Luiz Azarias e Rosival Souza (o bonde), primeiro técnico da equipe de futebol do Ypiranga.

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