Foi na base do “grito” que os moradores da Vila São Paulo conseguiram resolver um problema que afetava o bairro há pelo menos 15 dias. Para pressionar o Departamento de Água e Esgoto (DAE) a conter um vazamento de água na quadra 9 da rua Baltazar Batista, eles atearam fogo em pneus e colchões para bloquear a via no início da tarde da última sexta-feira, dia 11.O protesto surtiu efeito. Por volta das 16h, uma equipe de manutenção da autarquia já estava no local para consertar a tubulação. O vazamento havia sido tão intenso que um enorme buraco se abriu no asfalto, prejudicando o fluxo de veículos.
De acordo com o organizador da manifestação, que não quis se identificar, e para o qual este blog dá os parabéns, cerca de 20 moradores participaram da iniciativa. “A gente perdeu a paciência. Tentamos negociar com o DAE inúmeras vezes, de maneira educada. Mas ninguém nos deu ouvidos”, pondera.
Segundo ele, foram mais de dez queixas registradas junto à autarquia, mas nenhuma providência foi tomada.
“O buraco cheio de água e terra transformou a rua num barro só. Muitos motoristas desavisados passavam e quase quebravam o carro. Não dava mais para esperar”, acrescenta.
A comerciante Ester Gonçalves Silveira, 38 anos, conta que, na mesma semana em que o bicho pegou por lá, um veículo precisou ser guinchado depois de cair na armadilha que se formou no meio da rua. Embora não tenha participado do protesto, ela também demonstrou indignação com a inércia (ou seria preguiça?) do departamento.
Ester conta que o vazamento, naquele ponto, é antigo e nunca foi consertado como deveria. “Esse problema já existe há um bom tempo. A prefeitura recapeou a rua sem mexer nos tubos e o asfalto começou a ceder. Eu mesma liguei várias vezes para o DAE, mas ninguém apareceu para arrumar”, reclama.
De acordo com a assessoria de imprensa do DAE, a autarquia registra cerca de 35 chamados diários por conta de vazamentos de água e outros 20 referentes a vazamento de esgoto. De fato, a situação vivenciada pelos moradores da Vila São Paulo não é uma realidade isolada.Os problemas estão por toda parte. No Parque Real, a vizinhança da quadra 10 da avenida das Bandeiras sofre há pelo menos um mês com o forte odor do esgoto de corre na calçada em direção à rua. “No começo da tarde, quando o sol está mais forte, o cheiro fica insuportável. A gente até perde a vontade de almoçar”, comenta a faxineira
Maria Aparecida Teodoro, 44 anos, destacando que telefonou diversas vezes para o departamento para solicitar o reparo. O DAE informou que o vazamento foi registrado na última segunda-feira e que o conserto deve ser concluído no decorrer da próxima semana.
Já na quadra 1 rua Santa Rita, próximo à Praça da Amizade, no Jardim Redentor, um vazamento de água completou 40 dias sem nenhuma solução. Conforme a assessoria de imprensa do DAE, a última queixa foi registrada no dia 19 de março e o problema teria sido resolvido no mesmo mês.Eis a questão: O que é o Poder Legislativo? A serviço de quem ele trabalha? Ele foi atacado por quem? Pensando nas classes socais, digo: A defesa do Congresso seria uma atitude benéfica para qual classe? O “ataque” ao Congresso é benéfico para qual classe? Pensemos...Este artigo está sendo escrito num momento de fortes reflexões sobre o papel que vários partidos políticos ditos populares deve ter na nossa sociedade. Vendo a ação dos moradores da Vila São Paulo, que, já estando até as tampas do descaso do DAE em relação aos seu bairro, foram até chamados de vãndalos. Mas como sabemos, em Bauru deve-se manter a ordem! Que ordem? Que ordem foi rompida?
Quiçá houvesse mais manifestações, queima de pneus em ruas, mais confronto com a ordem estabelecida! Assim estaríamos avançados no movimento popular, mas quem é do movimento popular não pode esconder seus objetivos. Aprendemos pela dor, na vida na periferia, que ou se jogam em um time, ou se joga em outro, pois não dá para acender uma vela ao santo e outra ao diabo. Todo apoio a galera da Vila São Paulo, todo apoio ao povo da Vila São Paulo , ao povo da perifreia de Bauru às dezenas de lutadores sociais dessa cidade! Venceremos! Para encerrar, citarei um pensamento, uma “máxima” do marxismo, nas palavras do próprio:
“Os comunistas recusam-se a ocultar suas opiniões e suas intenções. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados com a derrubada violenta de toda ordem social existente.”
Violência, isso, violência, aquilo... Democracia não se faz assim.... Tem de ser dentro da lei... blá...blá...blá... Chega!! Chega de hipocrisia! Vai à merda! Chega de atacar os pobres quando estes se levantam. Devem reagir com violência sim, reagir à violência cotidiana, a falta de direitos!! A classe média de nossa cidade, critica aqueles que comentem ações “não-civilizadas”, mas que santa hipocrisia, criticar a cidadania daqueles que não têm direitos! A ação dos moradores da Vila São Paulo é, em verdade, uma reação à condição que vivem milhões de bauruenses da periferia, que são tratados como criminosos por serem corajosos e desafiarem a ordem! Ordem da exclusão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário