Aos 77 anos, Eduardo Santana, o famoso Pai Santana, morreu, na manhã desta terça-feira. As causas da morte não foram informadas pelo Vasco, mas há tempos o ex-massagista cruz-maltino vinha aparecendo bem debilitado, tinha problemas na fala e se locomovia com o auxílio de cadeira de rodas desde que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) em 2006.
O corpo de Pai Santana será velado às 11h, na capela Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário.
Recentemente, em junho deste ano, Pai Santana visitou São Januário e foi muito festejado pelo presidente Roberto Dinamite e jogadores como Felipe e Juninho Pernambucano. Após a visita, ele teve a mão eternizada no muro da Colina, como parte da campanha em homenagem aos "Camisas Negras", campeões em 1923.
Massagista, pai de santo e ex-lutador de boxe, Santana chegou ao Vasco em 1953. Com passagens por Botafogo, Fluminense, Bahia e Seleção Brasileira, teve a imagem eternamente ligada ao clube de São Januário, especialmente por ter feito "trabalhos" a favor do Vasco em jogos importantes nas décadas de 1970 e 80.
O pai de santo tinha vários rituais famosos, como acender velas no vestiário e estender uma bandeira do Vasco no gramado, se ajoelhar e beijá-la. Ele também costumava usar sempre roupas brancas. Uma história conhecida dá conta de que Pai Santa teria descido de helicóptero na Gávea e colocado um “trabalho” no campo do rival. Em seguida, o Vasco sagrou-se campeão carioca de 1977 na decisão por pênaltis.
O site oficial do Vasco divulgou nota oficial assinada pelo presidente Roberto Dinamite. O presidente fala com emoção do ex-massagista e agradece aos anos de dedicação ao Vasco. Confira o texto na íntegra:
"A família vascaína está de luto. Morreu na manhã desta terça-feira (01/11/2011) Eduardo Santana, o Pai Santana, meu amigo e símbolo do Vasco da Gama. Santana faleceu aos 77 anos, depois de muita luta. Um dos precursores da massagem profissional no Brasil, assim como o Vasco, meu grande amigo também fez história.
Já era difícil falar dele sem me emocionar, quando ainda estava entre nós, por conta de sua dedicação profissional e amor ao clube. Não foram poucas as vezes que, quando lesionado, ele ia a minha casa me ajudar na recuperação. Mais do que um massagista dos bons, Pai Santana era um conselheiro. Principalmente para os mais jovens que, assim como eu, chegavam ao clube cheio de sonhos, mas ainda despreparados para aguentar todas as adversidades da carreira de jogador de futebol. Com mais de 50 anos de Vasco, Pai Santana acompanhou de perto as principais glórias do clube. Por suas mãos passaram várias gerações de craques, que fizeram nosso Vasco ainda mais gigante.
Por conta de toda uma vida dedicada à cruz de malta, não poderia deixar de prestar aqui esta homenagem a um vascaíno de verdade e também solidariedade a seus familiares nessa hora de muita dor e saudade para toda a enorme família vascaína. Descanse em paz, Pai Santana."
Ficam aqui as saudades do Boteco do Valente e de toda a Nação Cruzmaltina, de um mito que vai ficar para sempre na tão rica história do Vasco!
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