Não há como excluir o holocausto de uma conversa se a mesma tratar da II Guerra Mundial. Após se estudar esse terrível acontecimento do Séc. XX que eliminou da face da Terra aproximadamente 55 milhões de pessoas (somando militares e civis), somente uma mente insana para pronunciar que não seria loucura um projeto de uma raça superior. Não há explicações científicas que provam o motivo de loiros brancos dos olhos azuis serem superiores a demais etnias, a não ser a única desculpa que tinha Adolf Hitler (1889-1945) ao assumir a chancelaria de uma Alemanha falida e arrasada pela derrota na I Guerra Mundial, somada à crise da bolsa de Nova Iorque em 1929. Hitler era uma figura carismática que ao fundar o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães nos fundos de uma cervejaria, precisava de argumentos que convencessem a massa trabalhadora alemã estar ao seu lado para que essa então não fosse protagonista de uma possível organização marxista. Ao clamar que o povo alemão era superior aos demais e que sua condição enquanto raça superior era inaceitável, Hitler convencera que não tinha a Alemanha outra escapatória a não ser a luta pela soberania da raça superior.
Veio então o holocausto. De suas vítimas a mais enfatizada é a nação judaica. Mas por que os judeus? Rapidamente expondo a história de tal povo, os judeus se dizem a nação escolhida por Deus quando Abraão ofereceu Isaac em sacrifício como prova de sua fidelidade a Deus. Desde então os judeus sempre viveram em conflito, ora tentando livrar-se da escravidão no Egito para alcançarem a terra prometida, ora fugindo da dominação romana na província da Judéia. Com a dominação romana, os judeus se estabeleceram em alguns lugares do mundo e uma parcela dessa nação se estabeleceu onde atualmente é a Alemanha. Veio então o Séc XIX e surge na Alemanha um movimento judeu de emancipação num Estado de formação cristã. Ao se referir à Questão Judaica em seu Manuscritos Econômico-Filosóficos, Karl Marx (1818-1883) indaga: “Talvez os judeus gostariam de ser colocados em posição de igualdade com os súditos cristãos. Se eles consideram o Estado cristão como legitimamente constituído, do mesmo modo reconhecem o regime total de escravidão. É o caso de se perguntar porque motivo consideram penosa a opressão particular, se compactuam com a opressão geral? Dessa forma, por que deve o alemão se interessar pela libertação do judeu, se em contrapartida o judeu não se interessa pela libertação do alemão?”. Em suma, nos Manuscritos de Marx começa a ser clareado um interesse libertador estritamente particular do povo judeu.
Veio então a II Guerra Mundial e nela o holocausto. Como dito anteriormente, nenhuma vítima tão notável do holocausto a não ser o povo judeu. Seis milhões de judeus mortos pela máquina mortífera fanática do nazismo.
Possuir alguma crença não justifica qualquer atrocidade histórica exterminadora como se viu desde as Cruzadas até o Holocausto. Tanto o sábio milenar chinês Confúcio (551-479 a.C.) como o alemão Immanuel Kant (1724-1804) são claros quando afirmam que aquilo que não se deseja para si não se faz para outro. Para não haver injustiças, é necessário afirmar que existem judeus e judeus. Porém, sua parcela sionista comete o mesmo equívoco de Hitler ao massacrar e expulsar os palestinos de suas terras e criar com argumentos de fanatismo religioso o Estado de Israel.
Fica então evidente que não passa de uma caterva oportunista uma nação que ficou séculos sem ter onde cair morta e por puro fanatismo religioso massacra seus próximos islâmicos, assim como fica evidente o quão é egoísta a libertação judaica, que depende da subjugação de povos de outras crenças e de alianças com imperialistas que argumentam uma troca de favor por tê-los abrigado durante o holocausto. Não é por acaso que dos 100 estadunidenses mais ricos, aproximadamente 90 são judeus.
Também por causa dos motivos anteriormente citados, não se tornam então justificáveis as matanças e perseguições do holocausto, executadas por uma ideologia lunática, racista, xenófoba e não muito longe, inexplicável. Hitler não estava errado ao combater tal egoísmo judeu, porém mais do equivocada era a forma hitlerista de se combater tal egoísmo.
Ficaram os judeus aproximadamente um milênio sem terem onde caírem mortos. Que direito isso os dá de fazer o mesmo com os palestinos?
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