Sou um professor da Rede Estadual de Ensino de São Paulo, tenho 52 anos, sou casado, tenho três filhos. Fui testemunha daquele ato brutal e vergonhoso realizado pela Polícia Militar do Governador Mário Covas, durante a última greve dos professores paulistas, cujo episódio foi extremamente distorcido pela grande mídia paulista e nacional. Na verdade aconteceu um festival de pancadarias, agressões e muita violência da PM contra os grevistas. Creio que isso é uma a metodologia normalmente usada pela polícia para conter as manifestações pacíficas daqueles que querem lutar pelos seus direitos sociais. Nesse sentido criei um pequeno manual de sobrevivência contra estas situações, para os companheiros e companheiras docentes, que espero que seja divulgado sob todas as formas, para todo o país, em especial pela Internet, que é um meio bastante interessante de disseminação. Obrigado pela atenção e divulguem amplamente esta pequena cartilha orientadora.
Paschoal Guilherme do Nascimento
umprofessor@hotmail.com
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Como safar-se de...
- Carga/avanço da cavalaria: Jogue bolinhas de gude ou cortiças que os cavalos perderão o equilíbrio e irão ao chão
- Ataque de cães: Jogue bonzo(comida para cães) que eles ficarão distraídos Faça um forte extrato de pimenta e jogue nas narinas dos cães que eles endoidam, eles partem para cima de quem está o segurando, segundo fonte fidedigna. .
- Em dois tipos de invólucro você detona os cachorros: recipiente de desodorante spray para uma ação a curta distância, para distâncias médias, fabrique com um tubo de PVC (como na época de carnaval) com pressão, e dessa forma você atingirá não só os cães quanto a própria tropa de choque.
- Bombas de efeito moral: Mantenha a calma, pois elas , como se diz,ladram mas não mordem.
- Use lenços molhados no rosto (a umidade absorve).
- Vista-se com roupas de couro.
- Carros blindados: Faça a manifestação ir pela contra-mão, no sentido anti-horário do trânsito, engarrafando o trânsito e dificultando a chegada da repressão.
- Jatos fortes de água: Descubra a fonte de abastecimento e sabote-a
- Agentes infiltrados: Fique de olho neles, filme, fotografe e divulgue via internet tudo para que todos saibam quem são os dedos-duros. Cuidado com os agentes provocadores
- Motoqueiros/Viaturas: Espalhe tábuas com pregos pelo chão, para furar os pneus
Observações úteis
- Coloque um espião na porta do quartel,para acompanhar e informar a movimentação das tropas;
- Monte um escritório de apoio, longe da manifestação, para centralizar informações e distribuir na imprensa nacional e internacional;
- Uma máquina de fotografar é muito importante para registro de violência/truculência policial;
- Faça uma pesquisa de telefones,e-mail e endereços de imprensa nacional e internacional e envie denúncias;
- Em caso de prisão, não reaja e tenha a mão o endereço e telefone da seccional da OAB de sua cidade ou de um advogado de sua confiança;
- Se a prisão for inevitável, ajoelhe-se, faça escândalo, grite seu nome, chame a imprensa, faça como os manifestantes anti-globalização; Se muitas pessoas forem presas, chame um padre, pastor protestante e faça uma vigília de orações em frente a prisão, se possível pare o trânsito;
- Lembre-se que a não-violência ativa é a nossa arma, não parta para agressão, não revide, corra. Lembre-se dos ensinamentos de Gandhi e Martin Luther King;
- Teatralizar escândalos em via pública é uma boa estratégia, tenha sempre perto de si artistas, principalmente aqueles que conhecem a rua;
- Faça um mapa (e mentalize) as possíveis rotas de fuga do local da manifestação, planeje pontos de apoio e possíveis barricadas de auto-defesa;
- Uma boa tática é dezenas de manifestantes jogarem-se ao chão, rezando pedindo justiça.
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