Não há nada no cosmos mais imundo, sujo e alienante do que a religião. Não houve ideólogo no mundo com suas idéias bilaterais que conseguisse obter um pensamento que seja tão maléfico a sociedade como a religião.
Muitos pensadores se revoltaram contra a religião quando descobriram a imundícia que a ela é intrínseca. Karl Marx afirmou que a religião é o ópio do povo, ao analisar sua ação na sociedade interligada ao domínio e principalmente por ela amortiçar a sociedade diante das desigualdades sociais e domínio das elites. Já Freud, com suas preocupações ontológicas disse que a religião é a neurose das massas, ou seja, uma doença de nível social que afeta a psique daqueles que por ela são dominados. Também o escritor indiano Salman Rushdie entendeu o quanto à religião obscurece o ser do homem, por isso afirmou: “A religião é um veneno em nosso sangue.”
Não é de hoje que intelectuais e militantes atacam a religião. O judaísmo, já na Antiguidade, foi muito atacado por militantes que denunciavam sua podridão – foram os profetas. Por volta do século VIII a.C. Oséias denunciou que a causa da apostasia de Israel do código de ética mosaico, o que trouxe problemas internos ao povo, era a falta de conhecimento, pois os sacerdotes o rejeitaram (os sacerdotes eram transmissores da lei). Hoje não é diferente no cristianismo, pois pastores e padres preferem pregar a vida eterna (que para Nietzsche é o mesmo que a morte) do que ensinar a realidade para o povo. A razão disso é uma: se o povo começar a pensar a religião fali. Por volta do sétimo século a.C. Miquéias escreveu dirigindo-se a Judá (compreende-se as tribos de Judá e Benjamim, ao sul de Israel): “Os seus chefes dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro.”(Mq 3:11) Hoje é diferente? Por trás dos cânticos religiosos, dos engravatados pastores e sérios padres passam rios de dinheiro; e ainda não querem pagar impostos.
Admiramos as ordens monásticas mendicantes, pois realmente visam a existência e não o poder e lucro. Também em Judá, por volta do sexto século a.C., época que vai dos reis Josias a Zedequias, declarou Jeremias: “Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam de mãos dadas a eles, e o meu povo assim o deseja.”(Jr 5:31) Jeremias disse o mesmo que Marx. A religião usa o mítico para dominar e o povo além de enganado passa a ser dependente dessa droga. A falta de ética da religião denunciada por Oséias culminou no cativeiro assírio e o povo nunca mais retornou a Israel. A mesma denúncia feita por Miquéias e Jeremias resultou a Judá o cativeiro babilônico, porém estes voltaram para sua terra por decreto do governador persa Ciro.
Tanto o judaísmo quanto o cristianismo são religiões de ideologias, querem dominar. Por exemplo, por que a proibição do adultério e do sexo entre solteiros nas leis de Moisés? Motivos espirituais? O sexo nada tem a ver com o espírito, o motivo era econômico. O adultério num casamento judaico poderia dividir as riquezas com outros povos, o mesmo na questão do sexo entre solteiros. Por isso o povo judeu é tão exclusivista, como também os cristãos calvinistas – tão ligados ao preâmbulo do capitalismo. Isso é um pequeno exemplo entre outros de que o cristianismo e judaísmo querem o domínio.
O Senhor Jesus Cristo, durante a sua existência neste mundo, foi um dos homens que mais atacou a religião. Por isso passou por três julgamentos religiosos e outros três políticos. Jesus não foi crucificado por apenas pregar o amor, ele denunciou a religiiosidade que imperava em Jerusalém, chamando os escribas e fariseus (líderes do judaísmo) de hipócritas, sepulcros caiados (Mt 23:27).
Quer seguir Jesus? Denuncie a religiosidade!
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