"A polícia foi informada, que o dono da festa era vapor/Que o bagulho estava entocado, dentro do congelador/Aí o delegado partiu pra lá, pra dar um fragoroso perfeito/Dizendo :
- Isto não está direito, vou acabar com a bandalheira! / Mas quando abriu a geladeira o doutor gritou muito injuriado:/- Esse caguete caguetou errado porque aqui não tem sujeira,/Parece até festa de Bíblia, porque só tem Coca aí na geladeira!"
(Bezerra da Silva)
Iniciamos com esses versos do grande Bezerra da Silva o Manifesto do Boteco do Valente, que norteia a forma como este blog trava o debate acerca da desigualdade social em nossa Cidade. Um blog, que não tem medo de cara feia, que joga capoeira com a navalha na mão, se preciso for, ou seja, que tem que dizer a verdade, doa a quem doer, mas ao mesmo tempo, vem pelos quatro cantos de Bauru batucando, dando risada e dizendo no pé, como todo bom malandro. E como todo bom malandro, o Boteco do Valente já nasce blindado. Sua filosofia de vida é que chapéu de otário é marreta e para ele, malandragem é virtude. O seu maior herói é o João Sem Braço. Sempre joga nas dez e bate com pau de dois bicos! Quando o besouro sem asa vem no “zig”, ele já está no “zag” e vice versa... Por não ter escola, vive de expediente. Passa o dia e a noite pirulitando pela Internet sem cancela. Éramos todos e ainda somos crianças que aprendemos a andar, aprendemos com a vida.
A construção do Boteco do Valente é um marco nas nossas descobertas, no nosso aprendizado, pois cada pessoa que passa, ou mesmo, dá uma espiada nesse blog se descobre a cada dia e a cada dia descobre que mais importante que ser marxista, leninistas, comunistas, é ser um humano, é descobrir as virtudes da humanidade, é encarar as dificuldades, entender as dificuldades, é não estar preocupado com nomes, com julgamentos. O mais importante dessa vida é vivê-la e infelizmente uma minoria de pessoas não permite isso a uma maioria. Contar a história do Boteco do Valente é contar a história de cada um de nós, uma história que ainda está começando a ser escrita.
Olhe ao redor. Em um extremo, pouquíssimos podem gastar fortunas com o que existe de mais supérfluo, têm acesso à mais desenvolvida tecnologia e ainda são prestigiados mundialmente. No outro, uma colossal quantidade de pessoas é atingida pela fome ou se encontra em estado de miséria absoluta e morre desconhecida.
Na cidade de Bauru, a destruição de uns pelos outros é evidente. A cada dia a violência aumenta; a população não tem acesso à tratamento médico de qualidade; a educação pública encontra-se sucateada; o número de desempregados fica cada vez mais perturbador; falta moradia e terra para os trabalhadores; as privatizações vendem o que temos; os escândalos políticos são gritantes. Tudo é pago e sentido pelo povo que, além de sustentar o país, é obrigado a ver uma elite se deleitar às suas custas.
Esse sistema predatório no qual vivemos é conhecido como neoliberalismo. Surgiu para tirar todas as conquistas históricas da população. Atua em todos os espaços. Economicamente: vende nosso país para as empresas internacionais.
Politicamente: mantém o povo sem participação e dá poder a uma minoria.
Socialmente: Estabelece grotescas diferenças sociais e desemprego.
Culturalmente: impõe o consumo massivo à produção industrial, além de deixar a população sem conhecer suas raízes e sem ter referência de lutas.
A esquerda de nossa cidade, que sempre disse ter como bandeira a justiça social, sempre se apresentou demasiadamente fragmentada. Poucas vezes na história conseguiu-se uma frente com verdadeira adesão dos mais diversos grupos populares na luta por um mesmo objetivo. A vitória sobre o neoliberalismo necessita, de forma imprescindível, da junção das forças progressistas contra o inimigo comum, contra esse sistema injusto e voraz.
O Boteco do Valente surge em uma época de refluxo das mudanças sociais através da via revolucionária, da reificação dos seres humanos, do controle das informações através de uma espécie de terrorismo midiático e, mais terrível ainda, do avanço do neoliberalismo sobre o mundo com seu Imperialismo travestido de globalização.
O QUE É ESSE BLOG?
O Boteco do Valente é, antes de tudo, um blog suburbano, que encara o homem como real e sujeito histórico, que vê o passar do tempo, diferente de muitos movimentos e partidos políticos. O Boteco do Valente não é uma caricatura de blogzinho comunista, seu condutor não é uma imitação patética de bolchevique (soldado dos pelotões revolucionários russos liderados por Lenin), as idéias do Boteco do Valente não são traçadas querendo imitar a Revolução Russa. A pessoa que conduz o Boteco do Valente, constituem um movimento autônomo que tem plena consciência de estar situado no século XXI. Tão revolucionário é esse blog que ele não nasce para dar continuidade e tentar repetir todos os erros que os partidos e movimentos socialistas cometeram até aqui. O Boteco do Valente surge para revolucionar o que é dito revolucionário e toda a maneira de atuar. Alguns dirão que o Boteco do Valente é um blog audacioso, que é um blog bocudo, que é um blog indigesto, que gosta de jogar merda no ventilador, entre outras coisas, e, na verdade, realmente o é, sendo capaz de provar que vale a pena crer em suas idéias, pois não conta somente com essa audácia e sim com a facilidade de trabalhar ao lado das massas.
Por atuar na periferia, o Boteco do Valente é, acima de tudo, parte do povo, não é um blog rebuscado, nem que se crê superior, não é um blog que só sabe falar sobre cartas marcadas da política de Bauru e região. É um blog que está integrado à verdadeira cultura de sua sociedade, fala como o povo e visa o bem-estar do povo. O Boteco do Valente não é aquele blog que acredita que uma pessoa é inferior, de menor valor, por gostar ou não de futebol, ou por acreditar ou não em um deus. O Boteco do Valente respeita o pensamento de cada indivíduo, se tornando um blog plural, com diversidade, o que possibilita um andar mais rápido do povo, já que cada um dos que o acessam pode contribuir com sua característica, desde que seja voltada para o fim das injustiças, a emancipação do povo e a queda das grotescas desigualdades sociais.
É importante dizer que não vemos todos os homens como iguais (mesmo que respeitemos todos como seres humanos), vemos todos os homens como diferentes, vemos que cada um tem suas vontades, manias, fantasias, idéias, medos. Ganhamos com isso, pois não obrigamos que todos sejam idênticos, pelo contrário, entendemos essas diferenças e trabalhamos com elas. Não obrigamos a um ser imitação do outro, não temos um ser humano padrão. O que queremos é que todos sejam respeitados, todos tenham oportunidade, que todos vivam com dignidade, independente de ser um pedreiro, um médico, um umbandista, uma travesti, um lixeiro, um professor, uma prostituta, um estudante, um advogado... Nascido no interior paulista, mais precisamente na periferia de Bauru, esse Boteco é um blog do povo, um blog popular. Trabalha com a teoria do Foquismo de Conscientização, uma adaptação do foquismo guevarista, ou seja, esse blog brasileiro, bauruense, suburbano, é o primeiro foco de vários blogs que surgiram, surgem e surgirão dia após dia em Bauru, em todo o estado de SP, pelo Brasil, pela América e até mesmo pelo mundo. Os focos brasileiros e os focos latinos não caem no erro de outros movimentos tentando fazer uma revolução européia. Os cidadãos bauruenses, prinicpalmente os que vivem na periferia, devem ter seus direitos e seus valores respeitados. Para isso é importante conhecê-los e exigi-los. Está na constituição:
É importante dizer que não vemos todos os homens como iguais (mesmo que respeitemos todos como seres humanos), vemos todos os homens como diferentes, vemos que cada um tem suas vontades, manias, fantasias, idéias, medos. Ganhamos com isso, pois não obrigamos que todos sejam idênticos, pelo contrário, entendemos essas diferenças e trabalhamos com elas. Não obrigamos a um ser imitação do outro, não temos um ser humano padrão. O que queremos é que todos sejam respeitados, todos tenham oportunidade, que todos vivam com dignidade, independente de ser um pedreiro, um médico, um umbandista, uma travesti, um lixeiro, um professor, uma prostituta, um estudante, um advogado... Nascido no interior paulista, mais precisamente na periferia de Bauru, esse Boteco é um blog do povo, um blog popular. Trabalha com a teoria do Foquismo de Conscientização, uma adaptação do foquismo guevarista, ou seja, esse blog brasileiro, bauruense, suburbano, é o primeiro foco de vários blogs que surgiram, surgem e surgirão dia após dia em Bauru, em todo o estado de SP, pelo Brasil, pela América e até mesmo pelo mundo. Os focos brasileiros e os focos latinos não caem no erro de outros movimentos tentando fazer uma revolução européia. Os cidadãos bauruenses, prinicpalmente os que vivem na periferia, devem ter seus direitos e seus valores respeitados. Para isso é importante conhecê-los e exigi-los. Está na constituição:
- Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: Construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (Título I, Art.3º).
- A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações (Título I, Art.4º, Parágrafo único).
- Todos têm direito à vida, à liberdade, à igualdade e segurança (Título II, Capítulo I, Art.5º)
- Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo (Título II, Capítulo II, Art.7º, inciso IV).
- A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: plebiscito, referendo, iniciativa popular (Título II, Capítulo IV, Art.14).
- No prazo de um ano a contar da promulgação da Constituição, o Congresso Nacional promoverá, através de Comissão mista, exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro (Título X, Art.26).
O que o Boteco do Valente busca é uma revolução popular com características próprias. Crê que idéias de Marx, Engels, Trotsky, Che Guevara,Lênin, Gramsci, Rosa Luxemburgo, são importantíssimas, porém, se identifica melhor com seus exemplos próximos, com exemplos de sua cultura. Os militantes de vários movimentos latino-americanos, ao longo do tempo, têm voltado um sentimento de discriminação para com eles próprios, preferem ficar usando termos e exemplos tão distantes como leninismo, trotskismo, stalinismo, e esquecem que na tão rica América de intelectualidade e bravura temos grandes exemplos como Zumbi, Lampião,Toussaint L’Ouverture, Simón Bolívar, José Martí Perez, Emiliano Zapata, Augusto César Sandino, Ernesto Guevara, Camilo Torres, Otto René, Paulo Freire, Leci Brandão, Jorge Aragão,Almir Guineto, Victor Jara, Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva, Gonzaguinha, Chico Mendes,Raul Seixas, Chico Buarque, entre outros....
Brilhantemente nos ensinou Paulo Freire que o vovô pode não ter visto a uva, mas, com certeza o pedreiro viu a pedra. Revolucionário não é aquele que vê aquilo que não existe, o difícil de ser visto. Revolucionário é aquele que vê e entende o óbvio. Não continuaremos somente na Europa, com o vovô viu a uva, entraremos na nossa realidade com o pedreiro vendo a pedra. O povo brasileiro não quer ser como o europeu, embora respeite muitíssimo esse povo, o povo brasileiro não tem extrema necessidade de ter uma ópera, pois ele tem seu samba; não tem extrema necessidade de ter um Radakov, se sabe levar uma batucada daquelas bem rasgadas, se tem os traços hilariantes de Henfil; não tem extrema necessidade de ter um campeão de equitação, se tem o melhor drible e habilidade com a bola nos pés, ou se é bom numa roda de capoeira. O povo brasileiro quer continuar sendo brasileiro. O que ele não quer é continuar convivendo com as injustiças que o atormentam.
O Boteco do Valente tem a capacidade de compreender a história e usá-la a seu favor. Não pretende divulgar pela sociedade termos errados, o que muito ocorre em outros movimentos. Não veio até o povo para encher seus ouvidos com palavras como burguesia e proletariado, até porque, entende que a elite, os ricos e poderosos de nosso país , bem como de nossa cidade, não são mais os burgueses dos burgos da Idade Média, nem somente os detentores dos meios de produção. A classe dominante é muito mais complexa, formada não só por industriais, mas, por empresários, gerentes, políticos. A elite de nosso país é tão diversificada que pode ser composta até mesmo por artistas de televisão e milionários pastores, padres e jogadores de futebol.
O Boteco do Valente já tira de letra que a luta de classes não é necessariamente uma luta armada e sangrenta, podendo ser uma luta de inteligência e conscientização. Cabe ao momento e à cultura dizer isso. O Boteco do Valente estará sempre pronto para caminhar ao lado do oprimido povo rumo à sua independência, sem tentar se beneficiar financeiramente, ascender socialmente ou partidariamente. Os interesses do Boteco do Valente são tão somente os interesses do povo.
O QUE DEFENDE O BOTECO DO VALENTE ?
O Boteco do Valente é, primeiramente, a favor do povo. Sua existência se dá devido à opressão das massas e do processo de alienação no qual a mesma submergiu. Surge esse blog como conscientizador e organizador do povo, para provocar o raciocínio, realizar debates, estimular um pensamento de libertação. Sempre a favor da simplicidade, o Boteco do Valente é o arcabouço onde pode se sustentar toda uma cultura popular, criativa e diversificada. Nele não está a cultura que a elite financeira impõe e sim o que sai de forma inteligente do ser humano.
Favorável ao indivíduo pensante, tem em seu seio a obrigação de promover debates que levem o indivíduo a filosofar sobre sua vida e a dos seus semelhantes. Assim, deve conseguir da forma mais agradável possível, fazer com que o trabalhador, o estudante use um pouco de sua vida para enriquecer de forma cultural e intelectual.
Além dos bauruenses terem vários de seus direitos desrespeitados por uma elite vil e egoísta, esta, insaciável, vai adiante e pisoteia todos os princípios éticos e religiosos. O Boteco do Valente é um blog que acolhe em seu seio todos os tipos de credos. Observa, inclusive, que a população brasileira é majoritariamente cristã e nem sua cultura é poupada pela elite econômica, a qual distorce o discurso cristão e não respeita os princípios fraternos que na Bíblia estão pautados:
- Não explore o fraco por ser fraco, nem oprima o pobre no tribunal, porque Javé defenderá a causa deles e tirará a vida daqueles que os tiverem oprimido (Pr.22:22)
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados (Mt.5:6).
- Ame ao seu próximo como a si mesmo (Mt.22:39).
- Quem comete injustiça, receberá de volta a injustiça, pois não há distinção de pessoas (Cl2:25).
- E agora vocês, ricos: comecem a chorar e gritar por causa das desgraças que estão para cair sobre vocês. Suas riquezas estão podres, suas roupas foram roídas pela traça; o ouro e a prata de vocês estão enferrujados; e a ferrugem deles será testemunha contra vocês, e como fogo lhes devorará a carne. Vocês amontoaram tesouros para o fim dos tempos. Vejam o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos campos de vocês: retido por vocês, esse salário clama, e os protestos dos cortadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Vocês tiveram na terra uma vida de conforto e luxo; vocês estão ficando gordos para o dia da matança! Vocês condenaram e mataram o justo, e ele não conseguiu defender-se. (Ti.5:1-6).
Fica claro que o sistema neoliberal é extremamente nocivo, seja diante daqueles que defendem às igualdades sociais de forma laica ou religiosa. Cabe aos que defendem o sistema tachar de desordeiros, bandidos, vagabundos os que querem a sua mudança. O povo deve ter em mente que é um direito seu participar ativamente da política e iniciar a construção de uma nova sociedade. A reforma agrária, o ensino e a saúde de ótima qualidade e gratuita, a paz, a justiça, a liberdade, a boa alimentação são os objetivos do Boteco do Valente . Para isso ele trava uma luta contra todos que impedem o caminhar rumo a esses objetivos. Unindo o povo em gigante quantidade, o Boteco do Valente levará o próprio povo ao poder. Pois, durante muito tempo, a população carente, faminta, oprimida, das tantas periferias de Bauru, bem como de todo o Brasil, só conseguiu se organizar em pequenos grupos. Veio justamente para realizar uma organização maciça, que não dependa em nada da elite financeira e não possa ser detida com calúnias, com embargos, nem com a violência. O Boteco do Valente defende e lutará para levar, verdadeiramente, todo o povo, que durante séculos foi oprimido, ao poder e não uma única pessoa dele.
Fica claro que o sistema neoliberal é extremamente nocivo, seja diante daqueles que defendem às igualdades sociais de forma laica ou religiosa. Cabe aos que defendem o sistema tachar de desordeiros, bandidos, vagabundos os que querem a sua mudança. O povo deve ter em mente que é um direito seu participar ativamente da política e iniciar a construção de uma nova sociedade. A reforma agrária, o ensino e a saúde de ótima qualidade e gratuita, a paz, a justiça, a liberdade, a boa alimentação são os objetivos do Boteco do Valente . Para isso ele trava uma luta contra todos que impedem o caminhar rumo a esses objetivos. Unindo o povo em gigante quantidade, o Boteco do Valente levará o próprio povo ao poder. Pois, durante muito tempo, a população carente, faminta, oprimida, das tantas periferias de Bauru, bem como de todo o Brasil, só conseguiu se organizar em pequenos grupos. Veio justamente para realizar uma organização maciça, que não dependa em nada da elite financeira e não possa ser detida com calúnias, com embargos, nem com a violência. O Boteco do Valente defende e lutará para levar, verdadeiramente, todo o povo, que durante séculos foi oprimido, ao poder e não uma única pessoa dele.
CONTRA O QUE LUTA O BOTECO DO VALENTE?
Contra as injustiças, contra as desigualdades sociais, contra o etnocentrismo que estão presentes nesse nosso mundo neoliberal. Logo, somos contra esse sistema político predatório, que permite o imperialismo e o massacre de vários povos.
O Boteco do Valente vê como única solução a agilização da autodestruição desse sistema que se deve dar de forma revolucionária, no sentido mais profundo da palavra, com a derrubada de todos os pilares desse regime de individualidade, corrupção, exploração e hipocrisia. No lugar desse sistema deve ser erguido um outro com novos pilares, visando principalmente a coletividade, o amor, a paz, a justiça e o respeito para com a diversidade cultural, se colocando ferrenhamente contra os exploradores e seus lacaios. Vê que a elite econômica do país tem total conhecimento da situação de exploração e humilhação pela qual passa as camadas de poderio econômico médio e principalmente os de baixo poder econômico e despossuídos. Não é através de esmola que se avança à melhoria da sociedade. O que deve ocorrer é distribuição das riquezas da elite para dar terra, comida e dignidade às classes inferiores.
Como culpados dessa exploração, não podemos apontar somente a elite financeira de Bauru , mas, os que se dizem oposição, se dizem esquerda, dentro de nossa cidade, mas não tomam nenhuma atitude revolucionária. Contentam-se com o reformismo e agem de forma tão patética, presos a um passado europeu, e distantes do pensamento popular. É contra essa oposição catastrófica e contra o poder do capital que o Boteco do Valente se levanta, junto com o povo, para lutar.
ONDE ESTÁ O MARXISMO DO BOTECO DO VALENTE?
Ser marxista não significa ser ortodoxo. O Boteco do Valente é radicalmente contra esse ortodoxismo, contra o dogmatismo que uma parte da esquerda local tem feito ao ler Marx e Engels. Aproveitamos e interpretamos as idéias de Marx, assim como aproveitamos e interpretamos as idéias de vários outros autores. Se ser marxista for seguir somente o que Marx diz, ser cego para todas as outras leituras o Boteco do Valente dirá pra quem quiser ouvir que não é um blog marxista. Mas, se ser marxista for aproveitar e atualizar o pensamento de Marx unindo-o a de outros pensadores de outras culturas, dirá na lata: "Tem aqui o marxismo, sim, meu chapa!".
Marx, sem sombra de dúvida, foi um pensador revolucionário no seu tempo e ainda o é até os nossos dias. Porém, a sociedade que Marx viveu, analisou e criticou não se apresenta da mesma forma como se apresenta nossa sociedade hoje. O século XXI não pode ser transformado somente por idéias do início do século XX. Não podemos negar os pensadores que surgiram depois de Marx e mesmo antes dele. O pensamento marxista é revolucionário, mas, principalmente, na nossa cultura, para a cultura da América Latina não pode ser aplicado como receita de bolo. Nosso povo é bastante diferente do povo europeu da época da Revolução Industrial. Não podemos nos limitar apenas à questão proletária, pois temos também questões camponesas, indígenas, discriminações raciais, sexuais, de deficiência...
Marx, para o Boteco do Valente, é uma ferramenta, e não um deus como querem alguns ditos comunistas. Aprender a enxergar Karl Marx como um humano, como um homem de seu tempo é aprender a aceitar os novos pensamentos, os novos caminhos, as novas idéias. Talvez isso seja ser realmente marxista, pois Marx não pode se tornar um ópio do povo. Não só ele filosofou por um mundo melhor, por uma sociedade justa, por uma sociedade sem discrepâncias financeiras. Muitos idealizaram sociedades, muitos trabalharam inclusive sobre o pensamento de Marx, ajustando-o para o seu tempo e interpretando-o a sua forma. Mas, o mais importante de tudo isso é ressaltar que revoltas, revoluções e protestos contra as injustiças, as opressões e as escravidões sempre existiram no mundo, independente do marxismo existir.
O Boteco do Valente está inexoravelmente na defesa de um pensamento de liberdade, justiça e paz e jamais se prenderá a um único livro e a um único pensador. Sua luta é uma luta popular. Temos plena consciência que é preciso lutar por um mundo melhor, lutar ao lado do povo. Chamem como quiser esse pensamento, essa ideologia.
O Boteco do Valente combate intransigentemente a homofobia, pois cremos que cada um tem o direito a fazer a opção sexual que quiser. Incentivamos este segmento de oprimido(a)s a organizarem-se; nosso blog disponibiliza todo espaço para a discussão sem quaisquer constrangimentos.
O Boteco do Valente combate implacavelmente o racismo, dentro e fora das linhas virtuais, lutando intrepidamente contra grupos nazi-fascistas que usam a Internet para espalhar o ódio racial. Racismo se combate com raça e classe.
O Boteco do Valente não admite, nunca admitiu e jamais admitirá machismo em suas fileiras, dando a batalha para que as mulheres operárias se organizem para encampar a luta anti-machista. É inegável que a classe operária está impregnada de preconceitos, conseqüentemente, a luta contra o machismo também deve se dar no interior de nossa classe. E queremos não apenas que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens, aspiramos também a própria superação desses conceitos da sociedade de gênero.
O Boteco do Valente também combate a xenofobia e o nacionalismo. A seleção brasileira é utilizada para tentar amenizar as crises no Brasil e em outros países irmãos, servindo à política de “ópio”, onde se tenta incutir um nacionalismo ufanista, explorando uma paixão popular, o futebol. Essa mesma seleção, que já foi utilizada como propaganda do regime militar na década de 70, agora é usada para amenizar a insatisfação dos haitianos frente a brutal ocupação brasileira do Haiti. Diante do patriotismo que a burguesia quer nos atribuir para defender seus interesses defendemos que “a classe operária não tem pátria”. Solidarizamos-nos com as lutas da classe operária em todo o mundo, defendemos a autodeterminação de povos e nações oprimidas pelas burguesias imperialistas. A classe operária é internacional!
O Boteco do Valente acredita que só é possível obter o direito à vida plena com a abolição do trabalho alienado, conseqüente da destruição do capitalismo. “A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”!
O Boteco do Valente,enfim, luta arduamente contra todas as mazelas do capitalismo, dentro e fora da Internet.Nosso blog não é de mero(a)s espectadore(a)s e da luta de classes, somos expressão do que há de mais ativo na internet e na luta operária. Nossa bandeira abriga todos o(a)s lutadore(a)s explorado(a)s e oprimido(a)s que encontram no Boteco do Valente um alento, não apenas para opinar, mas, sobretudo, para lutar por nossa causa.
POR QUE AUTODESTRUIÇÃO DO CAPITALISMO?
O capitalismo, como já está mais do que provado, é um sistema que mais cedo ou mais tarde vai ruir. Como grandes provas da possibilidade de autodestruição desse sistema temos a crise de 1929 e outras que estão sempre acontecendo.
O sistema vigente vem sofrendo ao longo dos tempos algumas mudanças e recebendo diferentes nomes, porém, as diferenças que vemos são mínimas e os senhores do mundo continuam sendo quase sempre os mesmos, independente de como queiram chamar o atual sistema econômico: liberalismo, capitalismo, neoliberalismo etc. Durante toda a história nada resistiu às mudanças do tempo, os sistemas políticos e econômicos ruíram um atrás do outro e não diferente é com esse sistema atual que cria seus próprios coveiros.
O Boteco do Valente é uma criação do próprio capitalismo. Se ele está no ar até agora, é porque a sociedade capitalista permitiu isso. Esse movimento surge devido às injustiças, desigualdades e explorações do mundo atual. Ele é como uma doença que surge pequena, imperceptível no sistema, para posteriormente se espalhar, ir infectando-o todo e, no momento que tiver dominado todo esse corpo ele o dizima da maneira mais fácil possível, provocando a destruição do local onde nasceu. Claro, que tudo isso só é possível graças às falhas que esse sistema predatório permite. Falhas gigantes que permitem que seu povo se lance contra ele próprio, pois é um sistema que desgraça seus filhos. Os que agora estão no poder, desfrutam de todo luxo estão ameaçados e jamais poderão dormir em paz enquanto existirem famélicos e pessoas lutando ao lado deles.
Mais cedo ou mais tarde o desgastado sistema capitalista chegará ao seu fim graças a ele próprio. Cabe ao Boteco do Valente trabalhar como agilizador desse processo, dando todas as informações e instigando o povo a lutar de brava forma para antecipar um mundo que caminhe com a paz e derrubar esse sistema de violência.
A SITUAÇÃO DA PERIFERIA
Devido à atuação inicial do Boteco do Valente , agindo pela Internet, ele deve, inicialmente, acabar formando uma base constituída pela periferia, a qual, é uma camada que vem já faz um tempão sendo oprimida e passando por dificuldades.
A periferia, formadora do blog, sempre deve ter um forte laço de união com as demais classes, caso contrário tirará todo o sentido do blog. Porém, as mesmas devem sempre estar atentas para caso haja alguma tentativa de voltar os interesses do blog só para os interesses dessa classe. É com a união entre as classes oprimidas que se poderá derrubar a classe opressora. O Boteco do Valente aparece como centro de debates, centro de troca de idéias entre as classes oprimidas, as quais juntas devem buscar o benefício de todos aqueles que durante toda a história foram prejudicados.
“Rumo ao espaço sideral/A lua afinal(...)Bossa nova, rock'n roll/Fã dos Beatles sempre sou/Com muito amor (...)Elvis curti, Roberto cantei/O Belho Guerreiro brindei/O tempo passa, tudo é sempre igual/Os jovens têm o mesmo ideal/Meu sonho virou carnaval...”
É uma pessoa que prima pela simplicidade, uma pessoa que independente da classe que saiu, vive, admira e respeita todas as classes que compôem a população bauruense. Além disso, é um defensor da diversidade cultural, respeita todas as religiões, todos os gostos, todas as orientações sexuais, desde que eles não sejam prejudiciais às outras pessoas.
Devido à atuação inicial do Boteco do Valente , agindo pela Internet, ele deve, inicialmente, acabar formando uma base constituída pela periferia, a qual, é uma camada que vem já faz um tempão sendo oprimida e passando por dificuldades.
Só que isso acaba constituindo um perigo, pois devido aos altos e baixos da periferia, o blog pode ficar estagnado em momentos de melhoria econômica da mesma. Portanto, logo que estiver formado, o Boteco do Valente deve buscar alguma maneira de integrar as outras classes no movimento, as quais devem se posicionar como força dentro dele, já que são as verdadeiras classes revolucionárias.
A periferia, formadora do blog, sempre deve ter um forte laço de união com as demais classes, caso contrário tirará todo o sentido do blog. Porém, as mesmas devem sempre estar atentas para caso haja alguma tentativa de voltar os interesses do blog só para os interesses dessa classe. É com a união entre as classes oprimidas que se poderá derrubar a classe opressora. O Boteco do Valente aparece como centro de debates, centro de troca de idéias entre as classes oprimidas, as quais juntas devem buscar o benefício de todos aqueles que durante toda a história foram prejudicados.
“Rumo ao espaço sideral/A lua afinal(...)Bossa nova, rock'n roll/Fã dos Beatles sempre sou/Com muito amor (...)Elvis curti, Roberto cantei/O Belho Guerreiro brindei/O tempo passa, tudo é sempre igual/Os jovens têm o mesmo ideal/Meu sonho virou carnaval...”
(G.R.E.S.Acadêmicos de Santa Cruz - Grupo de Acesso A do Carnaval RJ 2011)
Não se pode aceitar que os bauruenses sejam controlados como um rebanho. Esse povo tem uma tradição de lutas sociais. Entretanto, tentam apagá-la de sua cultura, para que perca sua identidade. É necessário conscientizar sobre a cultura popular de luta e resistência. Resgatar nossas raízes, edificar nossa memória: que se mantenha erguido o quilombo dos valentes negros liderados por Zumbi; que continuem vivos os conjurados partidários da liberdade: Luiz Gonzaga das Virgens, João de Deus, Lucas Dantas e Manuel Faustino; que o povo continue se recusando a matar frei Caneca; que sejamos malês junto com Luíza Mahin contra os grilhões e as imposições culturais; que o povoado de Canudos resista sob os conselhos de Antônio; que seja indelével o encouraçado dos marinheiros que não suportam a chibata e lutam com João Cândido; que a Coluna Prestes continue levando a esperança; que Chico Mendes renasça entre os habitantes das florestas; que o povo seja escola com o saber imortal de Paulo Freire e que Lamarcas e Marighellas surjam para combater a ditadura da exclusão social. Cabanos, cangaceiros e balaios, homens e mulheres durante anos de história combateram e devem continuar combatendo por uma cidade melhor.
O CONDUTOR DO BOTECO DO VALENTE
É uma pessoa que prima pela simplicidade, uma pessoa que independente da classe que saiu, vive, admira e respeita todas as classes que compôem a população bauruense. Além disso, é um defensor da diversidade cultural, respeita todas as religiões, todos os gostos, todas as orientações sexuais, desde que eles não sejam prejudiciais às outras pessoas.
Tem a consciência que possui defeitos, reconhece seus erros e justamente por isso é um revolucionário, pois através desse reconhecimento é que trabalha para mudá-los, trabalha para se aperfeiçoar. Tem a noção de que não pode mudar o mundo sozinho, de que não é um herói, um deus. Sabe que só se aperfeiçoando gradativamente e se juntando com seu grupo, evoluindo junto com ele é que pode mudar alguma coisa.
Ele expõe sua opinião dentro do blog e debate com outros blogueiros, integrantes de movimentos sociais , enfim com todo o povo bauruense em geral, para que possa chegar a conclusão do que é melhor, não para o grupo somente, mas para o povo. É uma pessoa que tem consciência do seu tempo, sabe respeitar e aproveitar as idéias do passado e mesclá-las com pensamentos novos, voltados para o presente e para o futuro da humanidade. Não é uma pessoa guiada por um único livro. É uma pessoa guiada por várias leituras, pelas conversas com o povo, resumindo: por tudo que vê, sente e pressente. É uma pessoa sempre aberta a conhecer novas idéias, sempre aberta a reconhecer quando um companheiro tem razão, uma pessoa que tem consciência que não pode saber tudo sobre tudo, embora busque sempre o aprendizado de tudo que está ao seu alcance.
Uma pessoa com sentimentos, que tem sua família, que tem seus amigos, mas que não se isola do mundo, muito pelo contrário, se faz mais presente ainda nele, pois é assim que se começa a mudar as coisas. Caso não tenha família, não tenha amigos o Boteco do Valente é o lugar perfeito para ele começar a construir essas importantíssimas coisas que lhe fazem falta.
A mentira, a inveja, a ganância são sentimentos que o Boteco do Valente tem que derrotar, pois são sentimentos que movem o mundo capitalista, pois na sua humildade, pode não ser um profundo conhecedor de marxismo, pode não ser um ótimo escritor, um ótimo orador, mas com certeza o movimento sabe aproveitar as qualidades que ele tem. Se seu forte não é escrever e ler, com certeza ele pode ser muito útil em outros setores do blog como divulgar o mesmo, manter contato com as pessoas, dar idéias novas. Já os que têm sede de leitura, adoram escrever, falar em público, serão aproveitados dentro dessa atividade. É o próprio militante junto com o grupo que vai escolher sua função. O condutor do Boteco do Valente é acima de tudo um ser humano e será respeitado como um e lutará como todo ser humano deve fazer.
APROFUNDANDO-SE NO FOQUISMO DE CONSCIENTIZAÇÃO
A explosão de movimentos revolucionários em focos sempre esteve presente na América Latina. Foi assim na sua independência quando, principalmente, Bolívar e San Martín estouraram guerras contra os espanhóis, foi assim quando Emiliano Zapata e Pancho Villa dividiram a Revolução no México e foi assim que Ernesto Guevara de la Serna trabalhou com a sua teoria de Foquismo Guerrilheiro, visando o surgimento de vários focos armados na América Latina, sendo que o primeiro, surgiu estrategicamente na Bolívia. Os próximos travariam lutas simultâneas, confundindo as forças reacionárias, inclusive no Brasil. Porém, devido à traição do PC da Bolívia isso não ocorreu.
Pensando nisso o Boteco do Valente fez uma adaptação do Foquismo para esse século e para o atual momento de Bauru. Agora, a arma dos focos passa a ser a conscientização. O trabalho junto ao povo, o surgimento de vários focos que promovam debates, informem sobre a verdadeira condição popular, mostrem suas chances de luta e seus meios de lutar, essas são algumas das atividades exercidas. O Foco de Conscientização nada mais é do que uma organização do povo para o benefício do próprio povo.
O primeiro foco do Boteco do Valente surge na Zona Oeste de Bauru e tem seu modo de atuar característico para esse local. Com o surgimento de outros focos, todos devem ter características que beneficiem a cultura de sua região, sendo que as idéias bases do blog devem ser mantidas, o que garante a não descaracterização do povo e do próprio blog em si.
Com a expansão do Boteco do Valente e com a adesão da massa popular, o povo estará realmente preparado para ser dono do seu próprio destino e estará livre das idéias e imposições das classes dominantes. Eis que terá início uma fase onde o povo pensará e agirá livremente de acordo com a sua própria cultura. Legal mesmo é ter o que contar pra nossa galera, sentir que o coração tem horas que parece que vai parar. Aí é que a adrenalina sobe e tu "Começaria tudo outra vez se preciso fosse". Só lembrar que com o Boteco do Valente, é na base do "ou vai ou racha"!!! Precisava falar mais alguma coisa, meu irmão?
COHAB Nove de Julho, Zona Oeste de Bauru, Interior Paulista, Brasil, agosto de 2011.
BOTECO DO VALENTE
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