30 de junho de 2010

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeita pedido de novo julgamento para Múmia Abu-Jamal


Apresentação

Em 6 de abril de 2009, a Suprema Corte Americana recusou-se em ouvir o pedido de um novo julgamento para Mumia Abu-Jamal – o famoso jornalista negro que tem estado aprisionado por 27 anos acusado de matar um policial. O pedido foi baseado em (1) evidência de racismo do promotor ao selecionar o júri durante o julgamento original na Philadelphia e (2) a “decisão de Batson” em 1986 pela Suprema Corte Americana.

Essa questão foi considerada a base mais forte para a condenação de Mumia, porem não a única. De acordo com o resumo do caso elaborado por Amnesty International, foi negado a Mumia o direito de um julgamento justo e de um júri imparcial, foi negado também o direito de representar ele mesmo e de garantir recursos adequados para se defender. E ainda, as evidências indicam má conduta por parte do promotor e do juiz. (Foi este tipo de má conduta que levou a condenação, em meados de Março de 2009, do Senador republicano do Alasca, Ted Stevens). Além disso, a corte deixou aberta a possibilidade de que os promotores da Pensilvânia considerem o pedido de re-instalar a pena de morte a Mumia.

As organizações ativistas e de direitos civis estão freqüentemente chamando pelo Procurador Geral Eric Holder – recentemente indicado por Barack Obama – para conduzir a investigação de direitos civis deste caso, não esquecendo da conspiração que está em curso que tenta negar a Mumia seus direitos constitucionais. A solidariedade dos trabalhadores e das organizações democráticas por todo o mundo é fundamental para dizer ao governo dos EUA “Liberdade a Mumia!”.

Por favor, nos ajude a circular a petição abaixo. Este recurso é urgente, iniciado em Nova York pela campanha “Free Mumia”, para o procurador geral do Presidente Obama, Eric Holder, pedindo justiça a Mumia Abu-Jamal.


Você pode imprimir, preencher o documento abaixo, e enviar diretamente para o endereço da campanha “Free Mumia”, situado na Cidade de Nova York , ou se preferir para o e-mail < mailto:ilcinfo@earthlink.net,  e enviaremos seu documento para os companheiros de Nova York.

Esta é uma campanha urgente. Nós agradecemos antecipadamente pelo seu apoio,


Colia Clark e Alan Benjamin

Em nome do ILC (Acordo Internacional dos Trabalhadores) comitê de apoio nos EUA.

APELO A ERIC HOLDER, Procurador-Geral dos EUA nomeado por Obama

EUA. Departamento de Justiça – Washington
Maio 2009


A Eric Holder, Procurador Geral dos Estados Unidos:

Nos dirigimos a você, a fim de expressar nossa profunda preocupação, assim como nossa indignação diante da negativa oposta a Mumia Abu-Jamal pela Suprema Corte dos Estados Unidos, a pronunciar-se sobre a questão dos preconceitos raciais na seleção do júri, quer dizer, sobre a “jurisprudência Batson”. Na medida em que não existe nenhuma outra autoridade a que Abu-Jamal possa apelar para obter justiça, nos dirigimos a você para por fim a 27 anos de violações obvias do direito constitucional dos Estados Unidos e das normas internacionais de justiça, como foi posto em evidência pela Anistia Internacional e vários outros grupos jurídicos por todo o mundo.

Apelamos a você e ao Ministério da Justiça, para que iniciem imediatamente uma investigação sobre os direitos civis e examinem os numerosos casos de graves falhas de caráter racista nos procedimentos de instrução e jurídicos, desde o primeiro júri em 1982, até a atual falta de ação do Supremo Tribunal dos Estados Unidos. O prazo de prescrição não deveria ser admissível neste assunto, na medida em que existem provas evidentes de uma conspiração em curso, encaminhada para negar seus direitos constitucionais a Abu-Jamal.

Estamos conscientes das numerosas diferenças que existem entre o caso do antigo senador Ted Stevens e o de Mumia Abu-Jamal. No entanto, levamos em conta, com grande interesse, as medidas que adotaram sobre a condenação do senador Stevens a fim de garantir que seus direitos constitucionais fossem respeitados. Você se mostrou especialmente indignado pelo fato de que a acusação tinha retido informação essencial para a argumentação da defesa em favor da inculpabilidade, uma violação claramente cometida pela acusação no caso Abu-Jamal.

Mumia Abu-Jamal, mesmo não sendo um senador, nem dotado de uma grande riqueza e de grande poder, é um homem negro respeitado no mundo inteiro, pela sua coragem, sua clareza e compromisso. Não merece nada a menos que o senador Stevens.

Cordialmente,

NOME:
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ESTADO:
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Reenviar para: LIVRE Mumia Abu-Jamal, Caixa Postal 16, College Station, New York, NY, 10030, www.freemumia.com


Um revolucionário no corredor da morte: a história de Mumia Abu-Jamal


Imaginemos o caso de um acusado: não lhe permitem defender-se a sí mismo; as testemunhas de defesa são afastadas. Lhe imputam o homicidio de um policial e o juiz é membro vitalicio da Ordem Fraternal da Policia (FOP). Depois, sua apelação é rechaçada numa corte onde cinco dos sete juizes comprovadamente receberam contribuições e o endoço da FOP para suas respectivas candidaturas. Logo em seguida inventam uma "confissão". Para mim, não se trata de "imaginação" o porque das coisas acontecerem dessa forma.

Mumia Abu-Jamal, Source, fevereiro de 1999

Mumia Abu-Jamal está há mais de 15 anos no corredor da morte, acusado falsamente de matar um policial branco da Filadélfia. Não recibeu um julgamenteo imparcial; o sentenciaram a morte por suas crenças políticas.

Mumia militou nos Panteras Negras da Filadelfia ainda na tenra idade dos 15 anos; foi da comissão de informações. Posteriormente, trabalhou como jornalista em uma emissora de rádio, os ouvintes lhe chamavam de a "voz dos que não tem voz". Defendeu a MOVE, um grupo de revolucionários negros, e denunciou os ataques policias contra eles. Colocou seu talento jornalístico a serviço do povo, criticando o racismo e a brutalidade policial. Em 1980, com a idade de 26 anos, foi eleito presidente da sessão Filadélfia da Associação dos Jornalistas Negros.

Por todas essas razões a policia e as autoridades odiavam Mumia. Tentaram matá-lo, mas fracassaram; então o acusaram falsamente de homicidio de um policia chamado Daniel Faulkner. Mumia tem passado os últimos 17 anos no corredor da morte, em isolamento total 23 horas por dia. Todo contato físico com seus familiares lhe é negado. As autoridades penais abrem e fotocopiam correspondência confidencial sobre seu processo judicial. Foi castigado por escrever o livro Live from Death Row. Proibiram seus comentários através do rádio. Nas palavras de Mumia: "Não basta minha morte, querem meu silêncio".

Mumia dedicou toda sua vida ao povo, sobretudo aos que vivem nos guetos e nos bairros pobres, e aos presos. A brutalidade, o isolamento, as calúnias, a censura, nada disso o tem abatido; mantêm sua conciência e o firme compromisso revolucionário.

É uma profunda injustiça que este companheiro esteja condenado a morte. E esta historia de injustiça é muito maior que a história de um só homem: é uma concentração do tratamento rotineiro a que estão submetidos os negros que caem nas mãos da polícia, dos tribunais, dos cárceres, dos meios de comunicação. Ademais, mostra como o governo trata a oposição política, especialmente aos revolucionários que logam conectar-se com os excluídos da sociedade. O que fazem a Mumia demonstra patentemente por que este governo e sistema judicial não deve ter o poder de executar seres humanos. O sistema está construindo cárceres a torto e a direito, está criminalizando toda uma nova geração. Há uma epidemia de brutalidade e assassinato policial; a policia faz o papel de juiz, jurado e verdugo em nossas comunidades. Com suas leis de "tres strikes" condenam milhares de jóvens a passar o resto da vida atrás das grades. As execuções continuam a todo vapor; os politiqueiros pedem mais cárceres, mais policias, mais castigos e mais execuções. Para todos os que querem parar estas medidas fascistas, a luta em defesa de Mumia é a chave da frente de batalha.

Condenado a morte por suas crenças políticas



Em 9 de dezembro de 1981, Mumia Abu-Jamal estava dirigindo seu taxi no centro da Filadelfia. Viu que um policial golpeava seu irmão, William Cook, com uma lanterna metálica; acudiu correndo; houve luta. Enquanto Mumia sangrava na calçada de um tiro no peito, o tira Daniel Faulkner, estava a ponto de morrer. Acusaram Mumia de homicidio e não ficou livre sequer um dia depois daquela tarde.

Dois meses depois de que foi preso, Mumia escreveu: "É um pesadelo que meu irmão e eu estejamos nessa situação horrivel, especialmente quando meu principal acusador, a polícia, também foi meu atacante. Parece que meu verdadeiro crime foi ter sobrevivido a seus ataques, mas essa noite as vítimas fomos nós".

A verdade é que a polícia tentou matá-lo várias vezes naquela noite. Primeiramente, recebeu um tiro na esquina da Locust com a 13. Mais tarde, quase morto pelo tiro que lhe perfurou um pulmão e o diafrágma, os agentes que participaram do incidente lhe golpearam violentamente e bateram sua cabeça contra um poste um poste.

Mumia despertou no hospital depois de uma cirurgia. Recebera muitos pontos e estava com tubos no nariz. Enquanto sentia intensa dor na bexiga e nos rins, um policial colocava o pé em cima do recipiente da urina, impedindo a drenagem, ao mesmo tempo que sorria.

Mais tarde, depois que os médicos lhe avisaram que poderia contrair pneumunia no pulmão perfurado e que isto poderia matá-lo, o fizeram passar noite após noite em uma cela fria.

Em 1o. de junho de 1982, teve início o julgamento de Mumia no tribunal do juiz Albert Sabo. Em 3 de julho, foi condenado a morte devido as mentiras do governo, enquanto este afirma que não acusa, não encarcera, nem executa ninuguém pelas suas crenças ou atividades políticas. Contudo, é patente que condenaram Mumia em uma farsa de julgamento -- e o pretendem executar--porque é um revolucionário de grande influência poítica.

Desde quando frequentava o partido dos Panteras Negras para a Libertação, Mumia estava em sua mira. Foram publicadas mais de 800 páginas sobre os expedientes secretos da policia política sobre Mumia. Há documentos que comprovam que o governo federal e o governo da Filadelfia se empenharam em seguir seus passos, quando tinha apenas 14 anos! Aos 15 anos, Mumia foi um dos fundadores da sessão Filadelfia do partido dos Panteras Negras para a Libertação. Aos 17 anos, ocupava o cargo de secretário na comissão de informações e redator do periódico Black Panther. Essa experiencia "deu a ele um caráter distintivamente antiautoritario e antisistema que sobrevive até hoje".

Grampearam seu telefone e enviaram informantes para seguir seus passos. Interrogarm e hostilizaram seus amigos e professores. A policia da Filadélfia, sob o comando do chefe de polícia Frank Rizzo, levou a cabo uma brutal campanha de repressão contra os Panteras.

Durante os anos 70, Mumia seguiu servindo o povo. Em seu trabajo jornalistico, denunciou a selvageria e o racismo do Departamento de Polícia da Filadélfia, especialmente sua campanha contra a organização dos negros utópicos radicais MOVE.

Em 1978, depois de 10 meses de assédio, um exército de 500 policiais atacou a sede do MOVE em Powelton Village. Os 15 militantes do MOVE foram condenados pela morte de um policial durante o fogo cruzado de um ataque. Mumia divulgou o julgamento e deu seu apoio ao MOVE.

Nas ruas, os ouvintes o chamavam de "voz dos que não tem voz", enquanto que as autoridades da Filadelfia o odiava. Rizzo ameaçou Mumia; dizendo que seus informes "tinham que parar.... Um dia, e espero que seja sob meu comando... terá que pagar pelo que está fazendo hoje".

Na audiência da sentença pelo homicídio de Faulkner, o subpromotor McGill argumentou que seus 12 anos de militancia justificavam uma pena de muerte. Perguntou para Mumia: "Alguma vez você disse que o poder nasce do fusil?" Mumia respondeu: "Este é um ditado de Mao Tsetung. Os Estados Unidos roubaram a terra dos indígenas, e não o fez com sermões do cristianismo e civilização. Creio que os Estados Unidos demonstaram que o ditado é verdadeiro".

Por suas crenças políticas, o juiz Sabo o condenou a morte. Mumia resume tudo com estas palavras: "A pura verdade é que para os negros, para os pobres, os portorriquenhos e os indígenas que sobreviveram ao genocidio, a justiça é uma mentira, uma embromação, uma treita.... Sou inocente das acusações que me tem imputado, apesar da confabulação de Sabo, McGill e Jackson para negar-me o suposto `direito' de representar-me eu mesmo, de contar com meu proprio assessor, de escolher um jurado de meus iguais, de interrogar a testemunhas e de fazer declarações do princípio até a conclusão do julgamento. Sou inocente apesar do que vocês 12 pensam, e a verdade me libertará!... Em 9 de dezembro de 1981 a policia tentou me executar na rua. Este julgamento está acontecento porque falharam.... O sistema não perde tempo! Mas um dia a casa cai!"

A farsa do julgamento



O juiz Sabo está relacionado à maior quantidade de sentenças a morte do país; seis ex fiscais da Filadelfia afirmaram em declarações sob juramento que esse juiz é parcial.

Durante a seleção do juri, não permitiram que Mumia proseguisse interrogando aos candidatos, com o pretexto racista de que sua aparencia (um negro com barba e dreadlocks) "intimidava" aos potenciais jurados. Contra a vontade de Mumia, a corte nomeou Tony Jackson como seu advogado. Quando Jackson recusou-se em participar na seleção do juri no lugar de Mumia, Sabo o ameaçou de prisão.

Então, Sabo resolveu ele mesmo escolher o juri! Não escolheu nenhuma pessoa que se opusesse a pena de morte. O promotor usou a faculdade de recusa sem causa para rechaçar 11 afro-americanos (hoje, sabe-se que o promotor da Filadélfia elaborou um vídeo de capacitação para ensinar essa prática racista a novos promotores). No final, Mumia acabou diante de apenas um jurado negro.

A discriminação de Sabo contra Mumia foi indignante: disse que Mumia estava causando disturbios; durante grande parte do julgamento o expulsou do tribunal. Rechaçou o pedido de que John Africa (o fundador do MOVE) assessorasse Mumia. O investigador da defesa renunciou antes do julgamento porque a corte não autorizou fundos para o pagamento de um especialista em balística e de um patologista.

A campanha de mentiras



O juiz Sabo é membro vitalicio da Ordem Fraternal da Policía (FOP) e cinco dos sete magistrados da Suprema Corte da Pensilvania, que rechaçaram a apelação de Mumia, receberam contribuições ou o endosso da FOP para sua candidatura. Ademais, a FOP orquestrou uma campanha em pró de sua execução: além de piquetear as reuniões de apoio a Mumia; escreveram cartas a de ameaça a proeminentes opositores de sua execução; incitaram a viúva de Faulkner a pronunciar mentiras por todo lado; e, de mãos dadas com a grande imprensa iniciaram uma campanha para caluniar os partidários de Mumia e tergiversar as informações.

Depois da farsa do julgamento, passaram em seguida a divulgar as mentiras incessantes da FOP e da imprensa: que as testemunhas identificaram Mumia como o homicida, que confessou no hospital, que sua arma matou Faulkner.

Mas a verdade é que as autoridades inventaram provas, coagiram as testemunhas, fabricaram uma "confissão" e ocultaram provas.

Coação de testemunhas

A promotoria intrevistou mais de 100 testemunhas, mas apenas apresentou as poucas testemunhas dispostas a apoiar sua versão dos fatos, e não passou os nomes dos demais para a defesa. Mumia não tinha dinheiro para contratar investigadores e buscar as testemunhas.

Antes do julgamento, quatro testemunhas disseram que viram um homem sair correndo do lugar onde ocorreram os fatos, mas a promotoria ocultou isso ao juri e os coagiu a respaldarem a versão oficial. Quer dizer, Veronica Jones, Robert Chobert y Cynthia White apoiaron a versão da promotoria porque a promotoria lhes ameaçou.

Em 1996, Veronica Jones deixou escapar que a policia lhe havia coagido. Inicialmente, Jones tinha dito a política que viu um homem em fuga. Mas durante o julgamento, disse que não viu um homem em fuga e essas coisas prejudicaram Mumia. Agora, em uma declaração sob juramento, Jones admitiu que mentiu devido a ameaças da policia. Disse que dois tiras foram ve-la no cárcere pouco antes do julgamento de 1982 e lhe disseram que se seu testemunho ajudasse a Mumia, perderia seus filhos e seria presa. Quando Verônica Jones deu esse testemunho em 1996, a corte tomou represalias; foi detida devido a uma velha ordem de prisão.

A equipe de defesa, encabeçada por Leonard Weinglass, apresentou a declaração de Verônica Jones à Suprema Corte da Pensilvania, junto com uma moção para uma audiencia. Mas a corte enviou a documentação para Sabo, o mesmíssimo juiz que presidiu o complô contra Mumia! O resultado não surpreendeu ninguém: Sabo disse que as novas provas não eram válidas e rechaçou a petição de um novo julgamento.

Está claro que Robert Chobert e Cynthia White--duas testemunhas que disseram que Mumia matou Faulkner--receberam favores da promotoria.

Robert Chobert, um taxista branco, disse para a policia na mesma noite que o assassino era um homem grande e gordo (de mais de 200 libras) e que fugiu. Essa informação seria muito favorável para a defesa: Mumia era fraco, tinha graves feridas estava caido na calçada incapaz de fugir. Sem dúvida, Chobert mudou sua versão dos fatos durante o julgamento. O juri nunca foi informado de que estava em libertade condicional por um delito grave, e que por essa razão era vulnerável às chantágens da policia.

Cynthia White, testemunha chave da promotoria, corroborou a versão oficial. Mas segundo outras testemunhas, ele nem sequer estava presente no momento em que os fatos aconteceram, mas que chegou depois do incidente. Depois da prisão de Mumia prenderam Cynthia White várias vezes por prostituição. Cada vez que prendiam, mudava sua "versão" da morte de Faulkner. A policia a retirou do cárcere para testemunhar, e depois do julgamento lhe permitiram voltar a trabalhar como prostituta com proteção policial.

Em 1997, os advogados de Mumia apresentaram uma declaração sob juramento de outra testemunha do julgamento de 1982. Nessa declaração, Pamela Jenkins, uma ex-prostituta, dizia que a polícia a obrigou a mentir dizendo que Mumia tinha sido o pistoleiro; ela não estava no local na hora dos fatos; e não cedeu à pressão da policía. Também declarou que sua amiga Cynthia White (a principal testemunha da promotoria em 1982) confessou a ela que testemunhou contra Mumia porque a policía lhe a meaçou de morte. Na audiencia de junho de 1997, Sabo mais uma vez rechaçou a nova prova.

Outra testemunha, Dessie Hightower, não alterou sua versão de que Mumia não disparou, inclusive quando lhe submeteram a um detector de mentiras, mas não testemunhou em juízo porque a promotoria ocultou esses fatos da defesa. A quarta testemunha, William Singletary, disse primeiro que Mumia não fui o assassino. Mais tarde a policia o obrigou a assinar uma declaração de que não viu nada. Lhe ameaçaram tanto que teve que se mudar da Filadélfia antes do julgamento.

A "confissão" fabricada



Aquela noite, Faulkner baleou Mumia e os outros policiais o golpearam; depois o levaram ao hospital onde, segundo a promotoria, fizera uma espetacular confissão. Mas o agente Gary Wakshul, que escreveu em seu relatório que "o homem negro não havia feito nenhuma declaração", todos esses fatos ficaram ocultos durante o julgamento. Quando os advogados da defesa trataram de chamá-lo para testemunhar, a promotoria disse que ele estava viajanto em férias. Sabo não permitiu a realização do julgamento. Na realidade, Wakshul estava em casa e poderia ter testemunhado.

Em 1995, Wakshul chegou a dizer que não se "recordava" de nenhuma confissão porque estava "angustiado". Depois passou a admitir que "recordou" a confissão dois meses mais tarde, depois de reunir-se com o subpromotor McGill e outros policias. Não cabe dúvida de que essa "confissão" foi inventada pela policía. O médico que atendeu a Mumia disse que ele não confessou coisa alguma. Dois meses depois, um segurança apareceu com a história de uma "confissão".

Falta de provas



Por outro lado, a promotoria afirmou que as provas balísticas incriminavam Mumia. Mas a policía não examinou nem a pistola de Mumia, nem suas mãos para saber se foi ele quem disparou. Tampouco demonstrou que a referida arma, foi a arma que matou o policial. Ademais, "perderam" o fragmento da bala que foi extraída pelo médico forense. A policía afirma que Mumia recebeu um tiro quando estava parado em cima de Faulkner, mas o informe do médico afirma que a bala percorreu uma trajetória de baixo para cima. Isso confirma o testemunho de Mumia de que Faulkner atirou nele.

Finalmente, o acusaram e condenaram falsamente: houve uma conspiração para rechaçar jurados, apresentar testemunhos chôcos, ocultar provas e impossibilitar uma defesa adequada; depois o condenaram a muerte por suas crenças e atividades revolucionarias.

A luta contra a execução de Mumia



Em 2 de junho de 1995, o governador da Pensilvania, Tom Ridge, assinou uma ordem de execução fixando inclulsive a hora: às 10 da noite de 17 de agosto de 1995. O advogado de Mumia, Leonard Weinglass, deu início a uma Apelação de Recurso Post-Condena (PCRA) para impedir a execução e realizar um novo julgamento. Anexou um documento de 300 páginas que, segundo Weinglass, demostrou: "... sem sombra de dúvida que Mumia, que se declarou inocente desde o primeiro momento, foi vítima de um processo judicial políticamente motivado e racista, que suprimiu provas que comprovariam sua inocencia". Ao mesmo tempo, os advogados entraram com uma Moção de Recusa para que não se permitisse ao juiz Sabo avaliar aa apelação de Mumia. Sabo rechaçou a moção, apesar das muitas provas apresentadas pelos advogados de seu claro prejuizo contra Mumia. Apesar de tudo isso, os advogados de Mumia apresentaram muitas provas que demostraron que merece um novo julgamento. Mas tres días depois de terminada a audiencia, Sabo rechaçou a petição de um novo julgamento. E a orden de execução continua de pé.

Um amplo e resoluto movimento internacional lutou bravamente contra a execução e Mumia chegou a a ponto de ser um símbolo da injusticia do sistema. Manifestações foram feitas em muitas cidades dos Estados Unidos e de outros países. Artistas, escritores e outras figuras proeminentes o defenderam públicamente. E nos guetos e bairros, um movimento resoluto demonstrou força ao se escorar na força dos oprimidos. Finalmente, o poder do povo obrigou o governo a voltar atraz e cancelar a execução. Mas, todavia, ainda querem matá-lo. Nas palavras de Mumia: "No momento não estou sob uma ordem de execução, mas continuo sentenciado a morte. Portanto, permaneço no inferno".

Desde as masmorras, Mumia esgrima sua pluma; denuncia os crimes do sistema e inspira o povo. Seus inimigos jamais pararam em suas tentativas de sufocar sua voz. Em 1994, a rede nacional de radio pública (NPR) anunciou que iria transmitir os comentarios de Mumia, mas se dobraram diante das pressão de policiais e politiqueiros. Quando Mumia encontrou uma editora para publicar seu livro Live from Death Row, a policía lançou uma campanha para impedir sua publicação, mas fracassou. *****

Em 29 de outubro de 1998, em uma decisão unânime, a Suprema Corte da Pensilvania rechaçou a petição de um novo julgamento, o qual demonstra claramente que o governo tomou uma decisão política de seguir adiante com o plano de executar Mumia. É uma clara declaração, que redobrarão os ataques contra Mumia.

Cabe ao povo salvar sua vida: há que se dar uma poderosa resposta, há que dizer com toda clareza: NÃO PERMITIREMOS QUE EXECUTEM MUMIA ABU-JAMAL!

É necessário que milhões de pessoas comprendam que não devem ficar de braços cruzados diante de uma execução política. Há que se ganhar esta batalha. Nós, do Boteco do Valente, não vamos recuar um só passo e não permitiremos que o sistema roube a vida de nosso companheiro Mumia porque ele é muito valioso para os oprimidos e para aqueles que anseiam por justiça.

Cartas para Mumia:
Mumia Abu Jamal
AM 8335
SCI Greene 
175 Progress Drive
Waynesburg, PA 15370-8090
EUA

MODELO DE MOÇÃO

Sr. Clifford M. Sobel, U.S. Ambassador to Brazil


Senhor Embaixador,

Nós ___________ (NOME DA ENTIDADE / CA, DCE, Partido, Sindicato, etc)_____ temos conhecimento do sofrimento porque passa o nosso irmão Mumia Abu-Jamal, encarcerado nos EUA. A sua nação acaba de eleger um Presidente negro, mostrando ao mundo que a cor da pele não pode, não deve ser o determinante quando se trata de discutir os destinos da humanidade, quando se trata da simples aplicação da Justiça.

O Senhor tem, sem dúvida, conhecimento das estatísticas que mostram que nos EUA mais homens negros são condenados a pena de morte do que brancos. Isso é racismo! É colocar a cor da pele acima da Justiça.

O nosso objetivo é mostrar as questões com a seriedade que elas requerem. Não se trata de dar lições. O Brasil continua sendo um País racista e se entre os homens jovens as causas violentas constituem o motivo maior de mortes, apesar da precariedade das estatísticas, afirmamos que a maioria destes mortos é negra, assim como os salários dos trabalhadores negros e negras são menores que os recebidos pelos brancos.

Tudo isso é verdade, mas, para que o mundo efetivamente se transforme, é preciso que os casos emblemáticos como o de Mumia sejam tratados com Justiça e Eqüidade, para impedir que outros ocorram depois.

Os fatos são conhecidos: Mumia foi condenado à morte num julgamento em que foram excluídos os jurados negros, em que depoimentos de testemunhas a seu favor não foram permitidos no Júri. Muitas viradas jurídicas ocorreram após isso e provavelmente Mumia é um dos condenados à morte que mais tempo sobreviveu, talvez por causa das campanhas nos EUA e no mundo a favor de sua libertação.

Agora, a Procuradoria quer tentar a sua execução ainda neste mês de dezembro, antes da posse de Obama. É, de certa forma, um retrocesso e um desalento a todos os que pensam que o mundo pode mudar, que o racismo pode ter os seus dias contados.

SOMOS CONTRA A EXECUÇÃO DE MUMIA ABU JAMAL e solicitamos que o Senhor transmita este Apelo ao Presidente atual dos EUA, ao governador da Filadélfia e solicite que eles impeçam a aplicação da pena de morte, que neste caso só tem por objetivo impedir a Justiça e manter o racismo como o sistema de funcionamento do ordenamento jurídico. Não permita que mais um Negro seja colocado na longa lista de pessoas mortas nos Estados Unidos, tendo como causa mortis a incompreensão, a intolerância e o racismo que utiliza as instituições do Estado como instrumentos de ódio e vingança.

Atenciosamente,
 

(NOME DA ENTIDADE /CA, DCE, Partido, Sindicato, etc)
PAREM A EXECUÇÃO DE MUMIA ABU-JAMAL!

A violência policial legalizada (Mumia Abu-Jamal)

"Quando, em um bairro de negros e brancos, espancam um negro e os negros reagem contra os brancos, dizem que é racismo; quando a polícia persegue negros todos os dias do ano, dizem que é a lei; quando uns negros reclamam da policia, dizem que são bandidos".

John Africa (maio de 1967)

Uma jovem desmaia em coma diabético depois de ser violentamente espancada pela polícia, segundo eles, porque os ameaçou. Estamos falando sobre Tyesha Miller de Riverside, Califórnia, mais uma das inúmeras vítimas da violência oficial.

Um rapaz tem seu carro abordado por um esquadrão de policiais fortemente armados no norte da Filadélfia. O jovem está cercado por um sem número de revólveres apontados em sua direção: "Mãos para cima!", mas quando alça as mãos, o cobrem de tiros; alguém disse que viu uma pistola. Dontae Dawson, mais uma vítima.

Amadou Diallo, um imigrante de Guiné, África, visita os Estados Unidos e aluga um apartamento no Bronx, Nova York. Quatro policiais chegam à entrada do edifício para investigar um crime (Diallo não está na lista de suspeitos). São disparados 41 tiros; 19 em direção ao homem desarmado. Amadou Diallo jamais regressará à África.

Inúmeros incidentes como estes ocorrem, de cidade em cidade, de costa a costa, com uma regularidade espantosa; para as "autoridades", seriam delitos graves se fossem cometidos por um civil, mas como na maioria dos casos são cometidos por policiais, em geral nem sequer os acusam.

A grande imprensa, que recebe milhões de dólares para defender as sentenças mais infames da historia, diz que a polícia "está cumprindo com seu dever", "corre perigo" ou "sente muito estresse", e que, não tem culpa nenhuma. Um em cada três casos, policiais violentos são transformados em vítimas, e lamentam que "homens corajosos" que "protegem a comunidade" estejam "com problemas", e que "sofrem em demasia".

O sofrimento das vítimas, jovens e negros, praticamente é esquecido nesta álgebra infernal que desvaloriza a vida e glorifica assassinos oficiais.

Os politiqueiros e a imprensa, mentem descaradamente em seus elogios ao assassinos confessos, os quais, em virtude de seu trabalho, chamam de "servidores públicos". Desde quando um "servidor" se porta de uma maneira tão vil, tão prepotente, tão selvagem como o fazem tantos tiras nas comunidades negras, hispanas e pobres? Como é que um "servidor" vai matar, balear, humilhar e encarcerar um público que deveria servir?

A verdade é que esses "servidores" estão a serviço da estrutura política à qual pertencem e não a serviço do povo. Estão a serviço do Estado e a serviço do capital, dos ricos, dos que detém o poder a partir de seus luxuosos escritórios, grandes corporações e bancos. Não estão a serviço dos pobres, dos despossuídos, nem dos esquecidos. Nunca estiveram!

São uma força armada que protege os interesses dos donos do capital e do status quo. A historia dos trabalhadores do país é uma historia de sangue derramado: sindicalistas espancados, baleados e reprimidos brutalmente em greves contra monopolios, cartéis e mega-corporações do capital. Quem golpeia? Quem abre fogo? Quem reprime? A polícia, a serviço de um Estado que declarou (por meio da Suprema Corte) que os sindicatos eram "conspirações delitivas" e que "a Constituição... dá por líquido e certo o direito fundamental da propriedade privada que se estabeleceu antes do governo e por isso sua legitimidade moral é intocável" [[do livro The New Class War: Reagan's Attack on the Welfare State and its Consequences, de Frances Fox Piven & Richard A. Cloward (1982), citando a An Economic Interpretation of the Constitution of the United States, de C.A. Beard (1965)]].

A voz do capital (a imprensa) e seus agentes (os políticos) se unem em um coro de aplausos aos assassinos oficiais que bombardeiam crianças com impunidade (acórdão de 13 de maio de 1985 na Filadélfia)! Que chacinam jovens e imigrantes africanos desarmados cujo único delito capital foi ser negro nos Estados Unidos.

Essa violência, oficial e quotidiana, é prova de que para o sistema a violência não é nenhum problema... sempre e desde que aponte contra o povo.

Basta! A esta terrível infâmia!

Tradução extraída de Obrero Revolucionario, 28 de março, 1999  em:

OMC EM SEATLE :ARTIFÍCIO PARA EXPORTAR VALORES DOS ESTADOS UNIDOS (Noam Chomsky)







"Quando se fala em democracia, as comunicações são o centro"
 
"A história está plena de regularidades bem marcantes. Entre elas, a de que aqueles que estão em posição de impor seus projetos não só os saúdam com entusiasmo como também habitualmente se beneficiam com eles. Mesmo que esses valores confessos incluam o livre comércio ou outros grandes princípios, que na prática resultam em adaptarem-se perfeitamente às necessidades daqueles que manipulam o jogo e aplaudem o resultado."

O que se pode aprender investigando essa nova era que se aproxima? Creio que muito. Um articulista do New York Times elogiou o acordo sobre telecomunicações da Organização Mundial de Comércio (OMC), celebrado na última segunda-feira em Seattle. Um dos efeitos que exalta é que provê a Washington uma "nova ferramenta para a política exterior". O acordo "autoriza a OMC a cruzar as fronteiras dos 70 países que o firmaram". Não é nenhum segredo que as instituições internacionais só funcionem quando cumprem com as exigências dos poderosos, em especial, os Estados Unidos. No mundo real, então, a "nova ferramenta" permite aos Estados Unidos intervir profundamente nos assuntos internos dos outros países, obrigando-os a mudar suas leis e suas práticas.

O problema é que quando se fala em democracia, as comunicações são o centro. A concentração das comunicações em qualquer mão (e especialmente em mãos estrangeiras) suscita perguntas sobre a concentração das finanças, porque sufoca o compromisso popular no planejamento social e econômico. O controle sobre os alimentos provoca perguntas ainda mais sérias: perguntas sobre a sobrevivência.
 
Faz um ano, o secretário geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), discutindo a "crise dos alimentos depois dos enormes aumentos nos preços dos cereais este ano", advertiu que cada país "deveria ser auto-suficiente na produção de alimentos", informou o Financial Times. A FAO está advertindo aos "países em via de desenvolvimento" que revertam as políticas que Washington lhes impõe. Políticas estas que tem um impacto desastroso em grande parte do mundo, mas que resultam em um boom para as empresas agrícolas subsidiadas dos Estados Unidos e da União Européia. Incidentalmente, é bem possível que o narcotráfico foi o setor que obteve o êxito mais impactante no contexto das reformas neoliberais julgadas à luz dos "valores livremercadistas" que "Estados Unidos está exportando". Já estão sendo encaminhados procedimentos no sentido de que o abastecimento de alimentos caia nas mãos de gigantescas corporações estrangeiras, e com o acordo sobre telecomunicações firmado e entregue, chegará a vez dos serviços financeiros.
 
Resumindo, as conseqüências esperadas do triunfo dos "valores norte-americanos" na OMC são:
 
1) uma "ferramenta nova" para uma intervenção norte-americana de largo alcance nos assuntos internos dos outros países;
 
2) o controle dos setores cruciais das economias estrangeiras por parte de corporações com base nos Estados Unidos;
 
3) benefícios para os setores empresariais e para os ricos;
 
4) aumento de preços para a população;
 
5) novas, potentes e poderosas armas contra qualquer vestígio de democracia.
 
A história está plena de regularidades bem marcantes. Entre elas, a de que aqueles que estão em posição de impor seus projetos não só os saúdam com entusiasmo como também habitualmente se beneficiam com eles. Mesmo que esses valores confessos incluam o livre comércio ou outros grandes princípios, que na prática resultam em adaptarem-se perfeitamente às necessidades daqueles que manipulam o jogo e aplaudem o resultado.
 
* Noam Chomsky é lingüista e analista político norte-americano.





Bolâo da Copa do Mundo - Modelo de Regulamento

BOLÃO COPA DO MUNDO 2010



O Centro Acadêmico Livre de Tal Curso, em parceria com o Centro Acadêmico de de Tal Curso, lança o Bolão da Copa do Mundo para os alunos da UNITAL e interessados.


Os palpites serão coletados pelos membros dos C.A.’s parceiros nos horários de intervalo, ou nos corredores.

REGULAMENTO
REGRAS GERAIS

Os participantes devem enviar os seus palpites para a Copa do Mundo 2010 incluindo:


o Primeira Fase, Oitavas de Final, Quartas de Final, Semi-Final, Final, Artilheiro, e Melhor Jogador; no máximo até o dia 10/06 (quinta-feira).


Nota: Na primeira fase deve-se escolher uma seleção entre as disponíveis.


o A taxa de inscrição é de R$ 5,00 por participante ou por seleção escolhida.


o O vencedor do bolão ganhará 40% do arrecadado, o segundo colocado ganhará 20% e o terceiro colocado ganhará 10%. A inscrição também deve ser paga no máximo até o dia 10/06.


o O resultado do jogo é válido apenas durante os 90 minutos normais e prorrogação, caso o jogo seja decidido em pênaltis, o placar considerado será o da final da prorrogação.


o O Ranking de pontuação dos participantes será divulgado semanalmente no blog do CALE (www.calealvorada.blogspot.com)


o Em caso de empate nas três primeiras colocações do Bolão, o desempate será realizado da seguinte forma:


1º Quem acertar o Campeão;


2º Quem acertar o Artilheiro da Copa;


3º Quem acertar o Melhor Jogador da Copa;


4º Quem acertar o Vice-Campeão;


5º Quem acertar o Terceiro Lugar;


6º Quem acertar o maior número de placares exatos;


7º Caso persista o empate, o prêmio será dividido entre os participantes que estiverem empatados.


PONTUAÇÃO

A pontuação do bolão será feita da seguinte forma:


o 1 ponto por acertar o número de gols marcados pelo vencedor do jogo.


o 1 ponto por acertar o número de gols marcados pelo perdedor do jogo.


o 3 pontos por acertar o resultado do jogo, ou seja, acertar o vencedor ou empate mesmo que não acerte o placar exato.


o 7 pontos por acertar o placar exato do jogo (exclui-se os pontos acima).


o 8 pontos para quem acertar o 4º colocado do Mundial.


o 12 pontos para quem acertar o 3º colocado do Mundial.


o 18 pontos para quem acertar o Vice-Campeão.


o 25 pontos para quem acertar o Campeão.


o 20 pontos para quem acertar o Artilheiro da Copa


o 20 pontos para quem acertar o Melhor Jogador da Copa


o 2 pontos para cada time certo entre os classificados para as Oitavas-de-final da Copa do Mundo.


o 5 pontos para cada time certo entre os classificados para as Quartas-de-final da Copa do Mundo.


o 10 pontos para cada time certo entre os classificados para as Semi-Finais da Copa do Mundo.


o 20 pontos para cada time certo entre os classificados para a Final da Copa do Mundo.

Modelo de Bolão da Copa do Mundo

BOLÃO COPA DO MUNDO 2010 (R$ 1,00)

BRASIL X COREIA DO NORTE DIA 15/06 ÁS 15:30 HRS

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BOLÃO COPA DO MUNDO 2010 (R$ 1,00)

BRASIL X COSTA DO MARFIM DIA 20/06 ÁS 15:30 HRS


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BOLÃO COPA DO MUNDO 2010 (R$ 1,00)

BRASIL X PORTUGAL DIA 25/06 ÁS 11:00 HRS

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Obs: ( A arrecadação do dinheiro será feita 2 horas antes do jogo )

O apostador que acertar o placar da partida, e não constar seu pagamento não receberá o valor devido.

DIVIDA E CONQUISTE

(extraído do livro "Terra Tóxica é Boa para Você!" de John Stauber e Sheldon Rampton, Editora Imprensa Coragem Comum)
É importante estar atento aos meios pelos quais esses grupos no poder subvertem grupos radicais usando meios indiretos- isto é particularmente comum com grupos de ativistas onde a ação policial sobre eles acaba por fortalece-los ao invés de prejudicá-los . A estratégia do "divide e conquiste" mostra como são classificadas as personalidades ativistas, e como eles os manipulam. Neste caso particular, estão enfocando grupos ambientalistas, mas pode ser aplicado a qualquer grupo de ação. Determine onde você está na classificação de Duchin, assim você pode estar pelo menos atento às tentativas de manipulação e evitar que você abandone seus ideais apoiando o estado atual.

Lidando Com Radicais, Oportunistas, Idealistas e Realistas

Desde os dias de Aristóteles, os doutores da arte da retórica afirmam que endossar as palavras dos oponentes leva mais poder persuasivo que qualquer coisa que eles podem dizer para eles. A indústria de relações públicas cultiva ativistas que podem ser cooptados para trabalhar contra as metas do seu próprio movimento. Esta estratégia foi meticulosamente esboçada em detalhes por Ronald Duchin, vice-presidente senior da PR e pelos espiões Mongoven, Biscoe e Duchin. Formado na Escola Superior de Guerra do Exército dos EUA, Duchin trabalhou como assistente especial do Secretário de Defesa e diretor de negócios públicos para os Veteranos de Guerras Estrangeiras antes de se unir ao MBD. Em 1991 falando na Associação Nacional dos Pecuaristas, ele descreveu como o MBD trabalha na divisão e conquista dos movimentos ativistas.

Ativistas, explica ele, são compostos de quatro categorias distintas:
os "oportunistas",
os "realistas".
os "idealistas"
os "radicais",

 
Ele esboçou uma estratégia de três passos:

(1) isole os radicais;
(2) "trabalhe" os idealistas e "os transforme" em realistas vistosos; então
(3) coopte os realistas para concordarem com a indústria.

Radicais

De acordo com Duchin, ativistas "radicais" querem mudar o sistema e são levados a proceder assim por motivos sóciopolíticos subjacentes e por enxergarem as corporações multinacionais como um mal inerente às organizações. Suas entidades não confiam nos governos federal, estadual e local para os proteger e salvaguardar o ambiente. Eles acreditam, bastante, que os indivíduos e grupos locais deveriam ter poder direto em cima das indústrias.... Eu categorizaria as suas reivindicações principais em justiça social e poder político".

Idealistas

Idealistas "são difíceis de negociar". Eles "querem um mundo perfeito e acham isto fácil de fazer quando carimbam qualquer produto ou prática como uma coisa ruim. Por causa do seu altruísmo intrínseco, e por inspirarem confiança, a mídia acredita piamente neles e ganham público ao defenderem suas posições, às vezes até mesmo diante dos políticos". Porém, os idealistas têm um ponto vulnerável. Se você conseguir convencê-los de que a sua posição em oposição a uma indústria ou a seus produtos causam dano para os outros e não podem ser justificados eticamente, eles se vêem forçados a rever suas posições.... Dessa forma, a estratégia é negociar com o realista e educar o idealista. Geralmente este processo de educação requer grande sensibilidade e entendimento por parte do pedagogo". Através das contradições, os oportunistas e realistas são mais fáceis de manipular.

Oportunistas

Duchin define os oportunistas como pessoas que se ocupam do ativismo em busca de "visibilidade, poder, seguidores, e talvez, um emprego seguro.... A chave para lidar com oportunistas é lhes proporcionar pelo menos a percepção de uma vitória parcial".

Realistas

Os realistas podem viver com comércio informal; trabalharão dentro do sistema; não se interessarão por mudança radical; serão pragmáticos. Os realistas sempre percebem a prioridade mais alta em qualquer estratégia que lida com um assunto de política pública... Se sua indústria pode estabelecer estas relações prosperamente, a credibilidade dos radicais irá para o espaço e os oportunistas poderiam ser contatados para compartilhar na solução política final".