4 de junho de 2010

PORQUE TEM HOMEM DA LEI, QUE VIRA HOMEM MAU... (OU SOBRE A LEI KASSAB EM BAURU)

A segurança pública preocupa os moradores de Bauru. Crimes como homicídio, furto e roubo de veículos aumentaram na cidade. As ruas e avenidas de Bauru já não são mais seguras. É o que revelam dados da Secretaria de Segurança Pública do estado divulgado há alguns dias atrás. Este ano, de janeiro a março, onze pessoas foram mortas na cidade, três a mais que no mesmo período de 2009. A maioria por envolvimento com o tráfico de drogas. Furtos e roubos de veículos também aumentaram 44 %: são 218 ocorrências este ano, contra 151 no primeiro trimestre de 2009.
A polícia tem tentado reduzir a violência, mas nem sempre os resultados são satisfatórios. A sensação de insegurança levou o prefeito de Bauru a estudar a adoção de uma medida que já dá resultados na capital: a contratação de policiais militares e civis, em folga, para reforçarem a segurança na cidade. O projeto deve ser enviado à Câmara em até 60 dias. Antes a prefeitura deve elaborar um estudo sobre a área de atuação dos policiais, o efetivo e o custo para o município.
Na capital, os policiais recebem o pró-labore, uma gratificação paga pelo município a eles pelo serviço prestado. O valor é de R$98,69, para cada oito horas trabalhadas. Um reforço ao salário inicial do PM, que é de R$2.027,00.
Para os cofres de Bauru, a contração de policiais custará menos que a implantação da guarda municipal, aprovada há 25 anos. Segundo cálculos feitos pelo comando da Polícia Militar, a contratação de 60 policiais custará aos cofres municipais, R$47.300,00 por mês.245 PMs já manifestaram interesse em trabalhar para o município nas horas de folga. Para o Conselho de Segurança da OAB, o reforço na segurança pública trará vantagens para a população. A carga de trabalho dos policias é puxada. São 12 horas seguidas com folga 36.O possível convênio entre a Secretaria Estadual de Segurança Pública e a Prefeitura de Bauru para a contratação de policiais militares em dia de folga polemizou as discussões na Tribuna do Poder Legislativo, durante a sessão desta segunda-feira. Na próxima semana, o major Nelson Garcia Filho, do 4º Batalhão da Polícia Militar do Interior (4º BPMI), deverá se reunir com os vereadores para explicar a proposta, que em São Paulo ficou conhecido por “Lei Kassab”.
Por favor , Prefeito Rodrigo, o PM, em seu dia-a-dia, já passa uma rotina daquelas, com situações que chegam nos limtes do extremo.Não temos dúvida de que o policial deve ser formado para situações extremas, nas quais sua vida e a de seus companheiros , e na maioria das vezes, de suas famílias, (às vezes dependendo de onde mora, tem de levar a farda escondida dentro da bolsa, juntamente com a marmita,para não ser morto!) estarão em dificuldade.
Primeiro tanto o policial como o bandido, são seres humanos, não podemos julgar, baseados em hipótese, o que levou um para o lado da lei e outro para o crime, outro erro crasso, é generalizar que todo policial é bom e todo criminoso é mau, se você for fazer um estudo sério com policiais, você descobrirá uma grande parcelas de esposas de policiais que são agredidas pelo seu marido, descobrira que muitos policiais entram para a policia, não por altruísmo, mas pela facilidade com que se pode obter dinheiro, se associando a criminosos ou cometendo atos ilícitos protegidos pela sua função (eis o porque de tantos policiais corruptos), ou seja, usam a função de forma abusiva, descobrirá também, que quando percebem que cometeram um erro, tentam encobrí-lo, plantando drogas, armas ou qualquer outro tipo de prova, para justificar uma prisão ilegal, um abuso de autoridade ou mesmo um assassinato de um inocente, então, o policial também é um ser humano comum, comete erros como qualquer outro. Os criminosos, se for fazer uma pesquisa sobre criminosos presos, descobrirá que muitos estão lá, porque estavam em uma situação desesperadora, desempregados, com filhos doentes e passando fome, etc. e pela pressão dessa condição, acabaram enveredando para vida criminosa, outros que por uma decepção amorosa, perderam a racionalidade por um momento, e acabaram cometendo um crime, e assim existe muitos outros casos nos presídios, o que mostra que essa pessoa, não foi sempre ruim, não foi sempre um "monstro".
Aceitar essa sua generalização, seria dar carta branca para que os policiais fizessem tudo que desejassem, sem nenhum tipo de controle da sociedade, e concordar com todo tipo de atrocidade imposta a um criminoso, por terem cometido algum erro. Se você for analisar a fundo nossa sociedade, existe muito mais "monstros" soltos na sociedade, do que confinados em algum presídio, quer um exemplo: um político corrupto que desvia dinheiro do setor da saúde, faz muito mais vitimas, que qualquer criminoso de carreira, se não acredita nisso, vá a qualquer posto de saúde ou hospital público, e veja as enormes filas, de pessoas agonizando, sofrendo, morrendo lentamente porque não conseguem atendimento, falta médicos, falta equipamentos para procedimentos e exames, falta insumos médicos, ou seja, falta tudo, a saúde pública no Brasil virou um caos, e a causa disso é a corrupção de políticos e agentes públicos, isso é um crime hediondo, pois a vitima (a população) não tem como se defender, e é um crime que não possui punição nenhuma, pois os políticos são intocáveis, nunca são punidos pelos seus crimes, e se for usar o seu conceito, esse político corrupto foi um bom filho, foi um bom adolescente, teve formação familiar, certamente é um bom marido, mas é um criminoso tão vil quanto aquele bandido que você classifica de "monstro". A morte ou ataque a integridade física ou moral de qualquer pessoa, sempre causará sofrimento para seus familiares, independente de quem seja a vítima.
O policial deve ser treinado para atuar nas situações mais adversas possíveis; a violência, a brutalidade e a morte fazem parte do cotidiano profissional. Destemor, bravura e coragem são qualidades imprescindíveis a um policial. Além do mais, já temos a Ronda Municipal, então quer dizer que já não basta o stress que ele vive no se trabalho normal, que dirá num desses trabalhos durante a folga, no meio de um evento cheio de gente se ele se irritar e atirar em quem não tem nada a ver com a história, de tanta raiva que ele passa... aí a culpa vai ser de quem? Da PM ou da Prefeitura Mnicipal de Bauru? Pelo menos eu acredito que nem os integrantes da Ronda Municipal gostaram dessa idéia!
Com todo o respeito, Prefeito Rodrigo, que idéia absurda essa, deixa isso pra lá, pois a Polícia Militar tem mais o que fazer, deixe para a Ronda Municipal o trabalho de cuidar de Bauru!

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