Varme de Oliveira, 72 anos é uma figura das mais conhecidas do centro de Bauru, pois diariamente está, ou na praça Rui Barbosa, ou na calçada do viaduto João Simonetti ou em alguma esquina na sua pregação religiosa. Na maioria das vezes não existe público a escutá-lo, mas isso não o impede de continuar pregando e colecionando novas amizades. Numa abordagem percebe-se estar diante de uma pessoa das mais simpáticas, dessas a acreditar que estar nas ruas é uma espécie de missão, ou a paga por tudo o que já fez no passado. Mas o que teria feito seu Varme para que tenha que permanecer diuturnamente em sua pregação?
Pouca coisa, ou quase nada. Disse ter aprontado muito, bebido e se divertido, gozado a vida e após tudo, baixou uma luz a conduzi-lo para outro caminho. Não é um carola, desses chatos de galocha, pelo contrário, proseia muito. Falamos com ele de tudo e quase nada de religião. É uma pessoa pura e na sua pureza acredita que sua salvação passa por colocar seu terno e divulgar a "palavra". É um homem de fé, uma fé diferente da minha, que nos fazem ser bem diferentes um do outro, o que não impede de fluir um papo agradável nos reencontros.
Diz que frequenta a Assembléia de Deus Ipiranga e que por ser conhecido, além de difundir o trabalho da praça, contribui para que "ele cresça cada vez mais e nós diminuamos".
Do DVD, "A alma encantadora das ruas", feito em 2007 sobre sua pessoa, diz continuar a venda na loja Betel e que a renda é toda revertida para a produção dos próximos vídeos com outros bauruenses. Nada para ele, nem para qualquer igreja.
Do peito cheio de medalhas, ouço dele serem condecorações da Polícia Militar e o vejo mesmo em várias fotos junto a esses eventos. Seu Varme é desses que continuam em evidência e nos poucos minutos juntos, cumprimentos ocorreram a todo instante. Carisma não lhe falta. Alguém a ser entendido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário